segunda-feira, 25 de maio de 2009

Bolsa de Valores: Rio de Janeiro (BVRJ)


A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi a primeira bolsa a ser fundada no Brasil. Antes do início formal de suas operações, em 1845, os negócios – com produtos como fretes de navio e mercadorias de importação e exportação – eram realizados em uma espécie de pregão ao ar livre e os corretores eram chamados zangões. A atividade ganhou grande impulso a partir da vinda da família real para o Brasil, o que levou às primeiras tentativas de organização do mercado. Surgiu aí o conceito de Praça de Comércio, algo bem parecido com a noção de pregão organizado.
Praticamente todos os grandes momentos econômicos do país transitaram pela Bolsa do Rio, desde o Encilhamento – primeira grande febre especulativa, gerada a partir da decisão do governo republicano recém instalado em promover o crescimento econômico a partir da emissão de moeda – até os leilões de privatização das grandes empresas estatais que marcaram a guinada da economia brasileira em direção à retirada de grandes setores do controle do Estado, isto a partir da adoção do Programa Nacional de Desestatização, em 1991.
Com a evolução do mercado acionário, acordos de integração, a partir de 2000, transferiram a negociação de ações no País para a Bolsa de Valores de São Paulo. Em 2002, a Bolsa de Mercadorias & Futuros adquiriu os títulos patrimoniais da BVRJ, passando a deter os direitos de administração e operacionalização do sistema de negociação de Títulos Públicos, o Sisbex.

História: Quinta-Feira Negra


Quinta-Feira Negra é um termo utilizado para descrever o dia 24 de outubro de 1929, quando a New York Stock Exchange, a bolsa de valores de Nova Iorque, quebrou.
Nesse dia, dezesseis milhões de títulos (acções) de empresas foram postos à venda a preços insignificantes, sem que encontrassem comprador. Foi o crash da Bolsa de Wall Street.


Consequências:


- Os acionistas ficaram arruinados.
- Falências de bancos, que tinham emprestado dinheiro a particulares para a compra das ações.
- A economia paralisou: a produção industrial contraiu-se e a baixa dos preços foi automática, afectando todos os setores da economia norte-americana.
Aumento do desemprego em massa.
- A crise mundializou-se, propagando-se pelas economias dependentes da economia dos Estados Unidos.


História: A crise de 1929


A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de açõe e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.
O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente, desencadeando a Quinta-Feira Negra. Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande inflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou na Segunda-feira negra (o dia 28 de outubro) e Terça-feira negra (o dia 29).
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Austrália, França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como a Argentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que tratando-se de uma economia socialista, estava econômica e politicamente fechada para o mundo capitalista. Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933. Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas conhecidas como New Deal.
Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schaact na Alemanha foram, três anos mais tarde, racionalizadas por Keynes em sua obra clássica.
O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933. A maioria dos países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de então. Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes de extrema-direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundial terminou com qualquer efeito remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com a economia enfraquecida e com forte retração de consumo, que abalou a economia mundial. Já os Estados Unidos por sua vez, aproveitaram o período pós-guerra para lucrar em cima dos países destruídos, exportando alimentos e produtos industrializados aos países aliados. Como resultado disso, entre 1918 e 1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A prosperidade econômica gerou o chamado "american way of life" (modo de vida americano). Havia emprego, os preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias. Porém, a economia européia posteriormente se reestabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Com a retração do consumo na Europa, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a demanda; consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a crise de 1929 foi uma crise de superprodução.
Durante décadas, essa foi a teoria mais aceita para a causa da Grande Depressão, porém, em contrapartida, economistas, historiadores e cientistas políticos tem criado diversas outras teorias para a causa, ou causas, da Grande Depressão, com surpreendente pouco consenso. A Grande Depressão permanece como um dos eventos mais estudados da história da economia mundial. Teorias primárias incluem a quebra da bolsa de valores de 1929, a decisão de Winston Churchill em fazer com que o Reino Unido passasse a usar novamente o padrão-ouro em 1925, que causou massiva deflação ao longo do Império Britânico, o colapso do comércio internacional, a aprovação do Ato da Tarifa Smoot-Hawley, que aumentou os impostos de cerca de 20 mil produtos no país, a política da Reserva Federal dos Estados Unidos da América, e outras influências.
Segundo teorias baseadas na economia capitalista concentram-se no relacionamento entre produção, consumo e crédito, estudado pela macroeconomia, e em incentivos e decisões pessoais, estudado pela microeconomia. Estas teorias são feitas para ordenar a sequência dos eventos que causaram eventualmente a implosão do sistema monetário do mundo industrializado e suas relações de comércio.
Outras teorias heterodoxas sobre a Grande Depressão foram criadas, e gradualmente estas teorias passaram a ganhar credibilidade. Estas teorias incluem a teoria da atividade de longo ciclo e que a Grande Depressão foi um período na intersecção da crista de diversos longos e concorrentes ciclos.
Mais recentemente, uma das teorias mais aceitas entre economistas é que a Grande Depressão não foi causada primariamente pela quebra das bolsas de valores de 1929, alegando que diversos sinais na economia americana, nos meses, e mesmo anos, que precederam à Grande Depressão, já indicavam que esta Depressão já estava a caminho nos Estados Unidos e na Europa. Atualmente, a teoria mais em voga entre os economistas é de Peter Temin. Segundo Temin, a Grande Depressão foi causada por política monetária catastroficamente mal planejada pela Reserva Monetária dos Estados Unidos da América, nos anos que precederam a Grande Depressão. A política de reduzir as reservas monetárias foi uma tentativa de reduzir uma suposta inflação, o que de fato somente agravou o principal problema na economia americana à época, que não era a inflação e sim a deflação.

Em 24 de outubro de 1929, os preços das ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque caíram subitamente. Estes preços estabilizaram-se ao longo do final de semana, para caírem drasticamente novamente na segunda feira, 28 de outubro. Muitos acionistas entraram em pânico. Cerca de 16,4 milhões de ações subitamente foram postas à venda na terça feira, 29 de outubro, dia atualmente conhecido como Terça-Feira Negra. O excesso de ações à venda e a falta de compradores fizeram com que os preços destas ações caíssem em cerca de 80%. Com isto, milhares de pessoas perderam grandes somas em dinheiro. Os preços destas ações continuariam a flutuar, caindo gradativamente nos próximos três anos. As milhares de pessoas que tinham todas as suas riquezas na forma de ações eventualmente perderiam tudo o que tinham.
A súbita quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque causou grande incerteza entre a população americana, quanto ao futuro do país. Muitos decidiram cortar gastos supérfluos. Outras pessoas, aquelas que haviam comprado produtos através de empréstimo e prestações, reduziram ainda mais seus gastos, para assim poder economizar dinheiro para efetuar seus pagamentos. A súbita queda nas vendas do setor comercial americano estendeu a recessão ao setor industrial e comercial dos Estados Unidos.
As altas taxas de juros dos Estados Unidos foram um dos fatores que estenderam a Grande Depressão à Europa. Os países europeus — especialmente aqueles que utilizavam-se do padrão-ouro — para manter um câmbio fixo com os Estados Unidos, foram obrigados a aumentar drasticamente suas próprias taxas de juros, o que levou à redução de gastos por parte dos comerciantes e habitantes, que levou a quedas na produção industrial destes países.
A economia dos Estados Unidos da América entrou em uma fase de grande recessão econômica que perduraria até 1933. Até este ano, a economia dos Estados Unidos somente colapsaria. Durante este período, milhares de estabelecimentos bancários, financeiros, comerciais e industriais foram fechados. Outros foram obrigados a demitir parte de seus trabalhadores e/ou a reduzir salários em geral.

Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque de 1929, bancos e investidores perderam grandes somas em dinheiro. A situação dos bancos era agravada pelo fato que muitos destes bancos haviam emprestado grandes somas de dinheiro a fazendeiros. Após o início da Grande Depressão, porém, estes fazendeiros tornaram-se incapazes de pagar suas dívidas. Isto, por sua vez, causou a queda dos lucros destas instituições financeiras. Pessoas que utilizavam-se de bancos, temendo uma possível falência destes, removeram destes os seus fundos. Assim, várias instituições bancárias foram fechadas. O total de instituições bancárias fechadas durante a década de 1920 e de 1930 foi de 14 mil, um índice astronómico.
Em 17 de maio de 1930, o governo dos Estados Unidos aprovou uma lei, o Ato Tarifário Smoot-Hawley, que aumentava as tarifas alfandegárias em cerca de 20 mil itens não-perecíveis estrangeiros. O Presidente americano Herbert Hoover pedira ao Congresso uma diminuição nos impostos, mas o Congresso, ao invés disto, votou a favor do aumento dos impostos. Um abaixo-assinado, assinado por mil economistas, pediu ao presidente americano para rejeitar este aumento. Apesar disto, Hoover assinou o Ato em 17 de maio. O Congresso e o Presidente acreditavam que isto iria reduzir a competição de produtos estrangeiros no país. Porém, outros países reagiram através da aprovação de leis e atos semelhantes, assim causando uma queda súbita nas exportações americanas. As taxas de desemprego subiram de 9% em 1930 para 16% em 1931, e 25% em 1933. Durante a década de 1930, a taxa de desemprego nos Estados Unidos não retornaria mais às taxas de 9% de 1930, se mantendo em perto da casa dos 20%.
Com o crescente fechamento de instituições bancárias, menos fundos estavam disponíveis no mercado americano, fazendo com que a produção industrial americana continuasse a cair. Em 1929, o valor total dos produtos industrializados fabricados nos Estados Unidos foi de 104 bilhões de dólares. Em 1933, este valor havia caído para 56 bilhões, uma queda de aproximadamente 45%. A produção de aço caiu em cerca de 61%, entre 1929 e 1933, e a produção de automóveis caiu em cerca de 70% no mesmo período.
1933 foi o ápice da Grande Depressão nos Estados Unidos da América. As taxas de desemprego eram de 25% (ou um quarto de toda a força de trabalho americana). Cerca de 30% dos trabalhadores que continuaram nos seus empregos foram obrigados a aceitar reduções em seus salários, embora grande parte dos trabalhadores empregados tenham tido um aumento nos seus salários por hora. Outro problema enfrentado foi a grande deflação - queda do preço dos produtos e custo de vida em geral. Entre 1929 e 1933, os preços dos produtos industrializados não-perecíveis em geral nos Estados Unidos caíram em cerca de 25%. Já o preço de produtos agropecuários caiu em cerca de 50%, por causa do excedente da produção destes produtos - primariamente trigo. A quantidade destes produtos à venda excedia largamente a demanda, o que causou uma queda dos preços destes produtos. Os baixos preços levaram ao endividamento de muitos fazendeiros. Era comum casos de suicídio por parte de empresários, acionistas e investidores em geral, que haviam perdido tudo o que possuíam; E também por parte de outros civis, que, com a crise, haviam endividado-se e/ou não possuíam forma alguma de sustento devido ao fato de estarem desempregados

Dow Jones


O Dow Jones Industrial Average é um índice criado em 1896 pelo editor do The Wall Street Journal e fundador do Dow Jones & Company Charles Dow. É o segundo mais antigo índice dos Estados Unidos, também conhecido como DJIA, INDP, Dow 30 ou Dow Jones.
O índice Dow Jones Industrial Average (DJIA) é ao lado do Nasdaq Composite e do Standard & Poor’s 500 um dos principais indicadores dos movimentos do mercado americano. Dos três indicadores, DJIA é o mais largamente publicado e discutido.
O cálculo deste índice é bastante simples e é baseado na cotação das ações de 30 das maiores e mais importantes empresas dos Estados Unidos.
Como o índice não é calculado pela Bolsa de Valores de Nova Iorque (
New York Stock Exchange), seus componentes são escolhidos pelos editores do jornal financeiro norte-americano The Wall Street Journal. Não existe nenhum critério pré-determinado, a não ser que os componentes sejam companhias norte-americanas líderes em seus segmentos de mercado.

Quando foi criado em 1896, o índice DJIA representava a média simples de 12 empresas americanas de grande importância e seu valor inicial foi de 40,94 pontos.
Em 30 de julho de 1914, quando a Bolsa de Valores de Nova York fechou por quatro meses em decorrência da
I Guerra Mundial o índice DJIA ficou estagnado em 71,42 pontos. No momento em que a bolsa reabriu em 12 de dezembro do mesmo ano, o índice sofreu uma queda de 24,39%, fechando com o valor de 54 pontos.
Em 1916 o número de empresas componentes do índice foi aumentado para vinte. Finalmente o número de empresas componentes foi aumentado para trinta em 1928 em um momento em que as ações estavam se aproximando de seu valor máximo, logo antes da crise de 1929.
Com a crise de 1929 e a grande depressão que se seguiu, o índice que chegou a valer 381,17 pontos em 03 de setembro de 1929 retornou ao seu ponto de partida, chegando ao valor mínimo de 40,56 e fechando em 41,22 em 08 de julho de 1932. O maior ganho percentual do índice em um único dia, de 14,34%, ocorreu em 15 de março de 1933 no período de baixa perspectiva de mercado na depressão que seguiu a crise de 1929.
Após a
II Guerra Mundial, um período de alta perspectiva de mercado levou o índice a ultrapassar o valor de 381,17 pontos anterior à crise de 29 em 1954 que continuou subindo até 1966.
Em 14 de novembro de 1972 o índice ultrapassou a barreira dos 1000 pontos pela primeira vez.
Os anos 80 e 90 viram um rápido crescimento no índice DJIA, mas em meio a algumas perturbações. A maior queda percentual em um único dia desde 1914 ocorreu em 19 de outubro de 1987, quando o índice caiu 22,61%, dia que ficou conhecido como Black Monday.
Em 21 de novembro de 1995 o índice fechou acima dos 5000 pontos pela primeira vez e em 03 de maio de 1999 o índice ultrapassou a marca dos 10000 pontos.
O índice DJIA sobe sofrendo algumas quedas importantes como logo após o
11 de setembro de 2001. Em 19 de julho de 2007, o índice ultrapassa a marca dos 14000 pontos.
Em julho de 2008 a alta no preço do petróleo inicia uma queda substancial no preço das ações e o índice DJIA fecha abaixo dos 11000.
Em 15 de setembro de 2008 o banco de investimento
Lehman Brothers pede concordata mostrando que o período de baixa perspectiva de mercado esconde uma crise financeira de grandes dimensões. Uma série de pacotes de ajuda econômica como o Plano de resgate econômico de 2008 são propostos tentando amenizar a crise e evitar a quebra dos grandes bancos e corretoras dos Estados Unidos, porém não evitam a crescente volatilidade do mercado. Em 29 de setembro de 2008 uma queda de 777,68 pontos marcou a maior queda em pontos em um único dia, o que representou uma queda do índice de 6,98%.
Em outubro o índice DJIA caiu abaixo dos 10000 e marcou vários recordes de volatilidade. Em 10 de outubro de 2008, apesar de ter sofrido uma queda de apenas 128 pontos, o índice oscilou mais de 1000 pontos pela primeira vez na história. Em 13 de outubro DJIA ganhou 936,42 pontos em um único dia marcando um novo recorde. Porém esses ganhos foram rapidamente consumidos nos dias seguintes como no dia 15 quando o DJIA perde 7,87% de seu valor, a maior queda percentual desde 1987.

As empresas que compõe o índice DJIA são ocasionalmente substituídas para acompanhar as mudanças do mercado. Quando isso acontece, um fator de escala é usado para ajustar os valores do índice para estes não sejam diretamente afetados pela mudança.
De todas as empresas que compunham o índice DJIA inicial, somente
General Electric permanece compondo o índice atualmente.
Em 1999
Intel e Microsoft começaram a compor o índice e se tornaram as primeiras duas empresas negociadas na NASDAQ a participarem da composição da DJIA. Todas as outras empresas têm suas ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque


O método de cálculo do DJIA não reflete o fato de que uma mudança de um dólar para uma ação de valor $10 é muito mais significativa que uma mudança de um dólar para uma ação de valor $100. Além desse fato, a composição do índice usando apenas 30 empresas leva alguns críticos a dizer que o índice DJIA não representa de forma precisa o comportamento geral do mercado.
Apesar de todas essas imperfeições, o índice DJIA tem historicamente representado a performance da economia americana de forma bastante precisa e o continua sendo um dos mais observados indicadores do desempenho do mercado de ações.

Bolsas de Valores: Nasdaq


O NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotations) é uma Bolsa de valores eletrônica, constituída por um conjunto de corretores conectados por um sistema informático. Esta bolsa lista mais de 3.200 ações de diferentes empresas (este número já superou 5.000 no ano de 2000), em sua maioria de pequena e média capitalização. Caracteriza-se por compreender as empresas de alta tecnologia em eletrônica, informática, telecomunicações, biotecnologia, etc.
O nome NASDAQ procede de National Association of Securities Dealers Automated Quotation System (Sistema Eletrônico de Cotação da Associação Nacional de Intermediários de Valores), o organismo responsável do mercado não regulado nos
EUA. Tem sua origem na petição do Congresso dos Estados Unidos à comissão que regula a bolsa (SEC) de que realizara um estudo sobre a segurança dos mercados. A elaboração deste relatório detectou que os mercados não regulados eram pouco transparentes. A SEC propôs sua automatização e de aí surgiu o Nasdaq, cuja primeira sessão foi o 8 de fevereiro de 1971. O processo de abertura de capital na Nasdaq é bem mais simples e barato que na NYSE, razão pela qual empresas não muito grandes fazem seu lançamento inicial de ações (IPO - initial public offering) na NASDAQ.
Entre
1997 e 2000, impulsionou 1649 empresas públicas e no processo gerou 316,5 bilhões de dólares. Depois de uma profunda reestruturação em 2000, Nasdaq converteu-se numa empresa com fins de lucro e totalmente regida por acionistas, com ações de sua emissão negociadas em sua própria bolsa.
Hoje em dia, continua incrementando sua capacidade no volume de transações, sendo capaz de transacionar 6 bilhões de ações num dia. Em número de ações transacionadas e em número de negócios é atualmente a maior bolsa de valores do planeta. A sede do NASDAQ está alojada no edifício de
Times Square número 4, em Nova Iorque e converteu-se curiosamente numa atração turística para os visitantes que vão à cidade.

Personalidades: Carlos Slim Helú


Carlos Slim Helú nasceu em 28 de Janeiro de 1940. É conhecido no México por Midas, devido a sua habilidade em transformar empreendimentos decadentes em companhias saudáveis e lucrativas.

Slim casou-se em 1960, aos 21 anos de idade, na tradição libanesa católica. Em vez de construir um casarão para a família no terreno que ganhou do pai, ergueu ali um prédio de apartamentos. Carlos e Soumaya ocuparam um, alugaram outros tantos e venderam os demais. Assim surgiu seu primeiro empreendimento, a "Inmobiliaria Carso" (marca resultante da junção dos nomes de Carlos e Soumaya).
Entre
1965 e 1969 adquiriu condomínios e terrenos em diversas partes da Cidade do México que somavam uma superfície de mais de um milhão de metros quadrados e não parou mais de crescer. Com a herança que recebeu dos pais fez investimentos audaciosos. Na década de 1980, em plena crise recessiva provocada pela queda do preço do petróleo e pelo elevado déficit público mexicano, comprou a Citagam, principal companhia de cigarros e charutos do país, uma fábrica de autopeças e uma cadeia de restaurantes.

Sua grande investida aconteceu em 1990, quando a decadente companhia "Telefones de Barra Mansa", BMmex, foi privatizada a um preço muito inferior do estimado, no âmbito das políticas neoliberais que assolaram a América Latina nos anos 1990. Slim ganhou a concorrência e transformou a empresa deficitária na maior companhia privada do país, a jóia da coroa de seu império. Tem mais de 10 milhões de assinantes – 90% do mercado mexicano. A partir da Telmex, Slim Helú criou a América Móvil, operadora de telefonia celular que tem cinco milhões de clientes no México. Suas empresas pagam mais de cinco bilhões (mil milhões) de dólares em impostos, empregam mais de 200 mil trabalhadores e respondem por quase metade do PIB do México.
O empresário expandiu seus negócios por todo o continente americano. Hoje comanda companhias de telecomunicações na
Guatemala, em Porto Rico, no Peru, no Equador, em El Salvador, na Nicarágua, na Argentina, no Chile e na Colômbia. Tem participação nas maiores companhias de telecomunicações do Canadá à Terra do Fogo. No Brasil comprou a participação da Globopar na rede de TV a cabo Net, que tem 2,50 milhões de clientes. Também controla a Claro, segunda empresa de celulares do país, com cerca de 30 milhões de clientes, e a Embratel, que opera ligações à distância. Seus investimentos nos Estados Unidos incluem participações na Philip Morris (hoje Altria Group), e na Saks Incorporated. Tornou-se o maior acionista da MCI, a segunda operadora de telefonia de longa distância americana. Adquiriu cerca de 3% da Apple Computer – e um ano depois, com o surgimento do iMac, o valor das ações da empresa saltou de 17 para 100 dólares cada. E associou-se ao empresário americano Bill Gates, o dono da Microsoft, para criar um portal na internet destinado aos hispanos.
Seu escritório não tem computador, laptop ou qualquer outro apetrecho tecnológico que lhe permita acompanhar os movimentos financeiros on-line. Quando precisa de uma informação, pega o telefone e pede a um auxiliar. Certa vez ganhou um laptop dos filhos, de presente de Natal, mas só sabe ligar e desligar a máquina. Mas seu grupo vende mais de mil computadores por dia no México e milhares de pessoas em todo o mundo acessam seu portal na internet. Além disso, Slim criou um centro de pesquisas associado ao
MIT americano para desenvolver novas tecnologias de informação adequadas à América Latina, para a formação de especialistas e para a transferência de conhecimentos.
Atualmente todos os seus investimentos estão concentrados numa holding, o
Grupo Carso. Sua residência fixa continua na Cidade do México, mas há anos Slim vive pelo mundo, cuidando de seus negócios nas áreas das comunicações, dos transportes, da mineração, do comércio, das finanças, dos seguros e da indústria de componentes automóveis.

Embora fale inglês, raramente usa o idioma em público. Tem idéias claras a respeito das relações entre os Estados Unidos e a América Latina. Diz que os americanos deveriam ajudar a região a se desenvolver, financiando projetos de educação, de saúde e de infra-estrutura, por interesse econômico, já que assim, mais pessoas seriam incorporadas ao mercado consumidor de seus produtos. "Não há melhor investimento do que promover o desenvolvimento latino americano. Os americanos deveriam perceber esse fato não por serem bons samaritanos, mas por razões de negócios", diz. "Da mesma forma, o Banco Mundial e outras instituições internacionais deveriam dar suporte ao desenvolvimento em vez de socorrer os países quando a crise se instala".
Em junho de 2005, ao final do Terceiro Encontro de Empresários da América Latina, que reuniu os donos das maiores corporações latino-americanas no hotel Grand Hyatt, em
São Paulo, o empresário deu um passo na direção que recomenda. Anunciou a criação da Impulsora del Desarrollo Económico de América Latina (Ideal).


Personalidades: Warren Buffett


Warren E. Buffett nasceu no Nebraska, E.U.A.. Seu pai, Howard Buffett, foi um corretor da bolsa e membro do Congresso dos Estados Unidos da América. Warren Buffett tem duas irmãs, Doris e Bertie. Seu avô era dono de uma loja de produtos alimentares em Omaha.Estudou na Universidade do Nebraska, e fez um mestrado em economia na Escola de Negócios de Colúmbia, sendo aluno de Benjamin Graham.Trabalhou com Graham, onde seguiu as regras de investimento de seu mestre. Voltou a Omaha em 1956 sem nenhum plano em mente, até que alguém lhe pediu que cuidasse de seus investimentos. Assim foi como Warren Buffett começou.Em 1969 tinha lucros anuais de cerca de 30%. Mais tarde desenvolveu todas as suas sociedades e adquiriu uma firma têxtil, a Berkshire Hathaway.


O desempenho de seus negócios espelha seu enorme talento para multiplicar dinheiro – dele e dos outros. Em 1965, quando assumiu o controle da Berkshire Hathaway, então uma firma de origem no setor têxtil mas que também vendia seguros, as ações da companhia eram negociadas a menos de 10 dólares cada uma. Hoje, uma única ação custa quase cem mil dólares, uma assombrosa valorização de 1.000.000% em quarenta anos. Quem tivesse aplicado cem dólares na firma de Buffett, em 1965, teria hoje um milhão de dólares. Os mesmos 100 dólares aplicados na média do Dow Jones equivaleriam a praticamente 1 500 dólares.
Buffett ganhou sua fortuna baseando seus investimentos em empresas com potencial de crescimento no longo prazo. Alguns de seus investimentos foram:
American Express, Walt Disney Company, Coca-Cola Company, Gillette.
Seu salário anual é de cem mil dólares, que é considerado pequeno comparado à remuneração de executivos seniores entre as quinhentas companhias mais importantes dos Estados Unidos, as quais pagam em média nove milhões por ano, segundo dados de 2003. O fato é que sua renda é amarrada ao valor da
Berkshire Hathaway.


Porsche confirma empréstimo de US$ 980 mi da Volkswagen

A Porsche confirmou nesta segunda-feira que recebeu um empréstimo de 700 milhões de euros (US$ 980 milhões) da unidade da Volkswagen e insistiu que pode lidar com seus compromissos.
"A Porsche não está à beira da falência mesmo que isso seja alegado com frequência", afirmou o porta-voz da companhia, referindo-se a notícias publicadas na mídia sobre o grupo alemão, que tentou assumir controle total da Volkswagen, mas agora busca uma fusão com a empresa.
A Porsche, que possui uma participação votante de 51% na Volkswagen, informou que o empréstimo vence no final de setembro de 2009.
Operando com uma dívida de 9 bilhões de euros acumulada até o final de janeiro, a montadora de veículos luxo foi forçada a abandonar a aquisição completa da Volkswagen.
A revista semanal alemã Der Spiegel publicou que o empréstimo foi concedido para ajudar a fortalecer as finanças da Porsche no começo deste ano.

O resgate da Credicard - Tradicional marca de cartões passa a ser a financeira do Citibank e prepara o relançamento do Diners no mercado brasileiro


Não estranhe se você passar por uma região de grande circulação de pessoas e vir uma loja de financiamentos Credicard. Antes de perguntar o que a velha conhecida do mercado de cartões está fazendo ali, repare no recado colado na porta: "Essa continua sendo a sua CitiFinancial, mas com a nova marca Credicard." A estratégia faz parte do resgate que o Citibank está promovendo na marca, depois da saída dos seus antigos sócios Itaú e Unibanco do negócio. O banco agora empresta o prestígio de quatro décadas nos cartões de crédito para a financeira do grupo. As 100 lojas CitiFinancial, em 21 Estados brasileiros, já ganharam as placas da Credicard. A meta é quadruplicar a carteira de empréstimos aos consumidores, passando dos atuais R$ 600 milhões para R$ 2,5 bilhões em três anos. "Seremos líderes em financiamentos em 2012", diz o presidente, Leonel Andrade.
Para isso, a financeira Credicard terá que enfrentar concorrentes de peso. Todos os bancos estão revendo suas estratégias para o segmento de empréstimos ao grande público. A Losango, do HSBC, enxugou suas lojas próprias e passou a se concentrar em quiosques dentro de algumas redes varejistas. Após a fusão com o Unibanco, o Itaú baixou as portas da Taií e vai concentrar seus esforços na Fininvest. E a Finasa, do Bradesco, está se voltando especificamente para o crédito automotivo. Em momento de mudança, quem estiver mais bem preparado consegue obter melhores resultados. A confiança de Andrade vem justamente desse preparo. Ele, aliás, é um especialista. Trabalhou sete anos na Losango, sendo dois como presidente. Desde o final de 2006, quando chegou ao Citigroup, Andrade passou a acertar os ponteiros da Credicard, olhando apenas para dentro de casa, enquanto não podia explorar o potencial da marca. Treinou a equipe e definiu a maneira de conquistar o seu espaço nessa briga. "Precisamos aproveitar esse momento a nosso favor", afirma Andrade. Seu alvo são os clientes que necessitam de empréstimos de R$ 4 mil, em média.
Com tentativas anteriores frustradas de entrar no varejo bancário, o Citi parece ter aprendido a lição. Terá mais cautela nas sinergias com a Credicard. Os clientes que pisam na financeira não são alvo do banco. "Ninguém pode buscar cliente em financeira. O foco é diferente", conta Andrade. A lógica é que quem tem dívida não está feliz e pode, no máximo, sair aliviado. Forçar a venda de outro produto financeiro é matar um negócio futuro. Pelas contas da financeira, 70% dos que tomam esse tipo de empréstimo fazem um segundo. Da mesma maneira, os negócios da financeira não serão ligados ao cartão, que no total conta com seis milhões de portadores. Até 2010, a carta de produtos de crédito estará completa. Automóveis, pessoal, consignado, refinanciamento de dívida e, por último, imobiliário. O apetite do banco nesse negócio é tamanho que afasta de vez qualquer fantasma da crise que afeta a matriz e o sistema bancário dos Estados Unidos. Aqui, a ordem é investir.

Nos dois longos anos da separação do Citi e do Itaú na Credicard, o marketing foi deixado de lado. Para recolocar a marca novamente no alvo serão investidos R$ 200 milhões neste ano. Os cartões já começaram a aparecer na semana passada, com o lançamento de um plástico que gera bônus após compras em supermercados. Atualmente, são seis milhões de cartões e uma carteira de R$ 5 bilhões. A partir de 2 de junho, o segundo passo nesse novo momento da marca será dado. O relançamento da bandeira Diners, que parecia esquecida nos últimos anos. Há duas semanas, Andrade esteve em solo americano conversando com os executivos do Discover, um emissor de 50 milhões de plásticos nos EUA, que detém a marca. O Citi tem a exclusividade de continuar gerindo o Diners no País até 2016, com renovação automática de contrato. São apenas 300 mil clientes ativos no Brasil, mas que são considerados o filémignon da Credicard. Eles têm o melhor perfil de gasto e o menor nível de risco. A repaginação irá manter os mesmos serviços, como as 130 salas vips nos aeroportos mundiais, e acrescentar novos benefícios, como o acúmulo de 1,5 milha para cada dólar gasto. "A marca envelheceu, mas continua respeitada", diz Andrade.

E-commerce - Foram três tentativas de retorno e quase dez anos fora das lojas. Agora, a Sharp promete voltar a fabricar eletrônicos no Brasil


Em meados de 2002, quando a Sharp agonizava na tentativa de entregar os seus últimos produtos adquiridos por clientes no Brasil, um temor sondava a cabeça do comando do grupo. Já com a falência decretada na época, Sérgio Machline, o presidente da empresa e filho do fundador, Mathias Machline, admitiu aos mais próximos o seu pesar ao ver a marca tão maltratada. "Lutamos para que isso não acontecesse. Não deu", disse a amigos. Depois de muitos tropeços e nove anos ausente das prateleiras, a Sharp do Brasil quer (e precisa) voltar. Foram três diferentes tentativas de reiniciar a produção local e finalmente os primeiros equipamentos produzidos no Brasil começam a reaparecer no varejo. A princípio, empresas terceirizadas são responsáveis pela fabricação, mas a primeira unidade, possivelmente na Zona Franca de Manaus, pode ser inaugurada em breve. "De acordo com a demanda do mercado nacional, a companhia estudará a implantação de uma fábrica própria", confirmou Guilherme Coletti, diretor-executivo da Divisão de Produtos de Consumo da Sharp. A responsável pelo retorno da Sharp ao Brasil é a MPE, uma empresa criada pela japonesa Mitsui & Co Ltda. (80%) e pela Mitsui Brasileira Importação e Exportação S.A. (20%), que obtiveram da Sharp Corporation a representação da marca no País.

Com 60 anos de existência, a Sharp Corporation é uma referência entre as empresas de tecnologia no mundo - tornou-se a terceira maior fabricante mundial de tevês de LCD, depois apenas da Samsung Electronics e da Sony. No entanto, é preciso fazer uma série de ressalvas. Os tempos são outros e isso pode fazer toda a diferença para a marca. "Os desafios serão grandes e não acho que a Sharp terá vida fácil só por ser reconhecida lá fora", afirma José Roberto Martins, consultor da Global Brands. Tem mais: o nível de ociosidade das fábricas dos concorrentes em Manaus tem se mantido em 30%. "Hoje temos muitas fabricantes com capacidade de produção maior do que a demanda", afirma o consultor Alan Cardoso, da corretora Ágora.

O fato é que o mercado brasileiro de eletroeletrônicos mudou radicalmente num curtíssimo espaço de tempo. Ao mesmo tempo em que o País despontou como um promissor mercado consumidor - na esteira do crédito a rodo e juros menores -, conglomerados como LG, Samsung e Sony tomaram conta das prateleiras das lojas. Marcas desapareceram (Gradiente) e outras encolheram (Semp Toshiba). Além disso, depois de tanto tempo ausente, a japonesa tem baixíssimo nível de lembrança entre a nova geração aficcionada por tecnologia. No último episódio envolvendo a marca, havia uma disputa pelo uso do nome. Desde o pedido de concordata da família Machline, em 2000, os japoneses brigavam na Justiça para reaver o controle da marca no Brasil. Ela acabou excluída da massa falida e os controladores ganharam o direito de uso. Nessa nova Sharp, a estratégia central passa pelo reforço da imagem de companhia inovadora. "A importância da inovação é crucial nesse momento para ganhar escala no País", diz Martins. A matriz decidiu trazer ao País neste ano a linha de tevês de LCD Aquos, apresentada como a "mais fina do mundo", na feira mundial do setor, em Berlim. "A linha Aquos será nosso carro-chefe para ganhar participação no mercado brasileiro", diz Coletti.

Caiu a muralha - Lula trouxe da China bilhões em empréstimos e um acordo inovador no setor de óleo e gás, além de promessas comerciais

A sopa doce ao final do banquete não agradou aos paladares brasileiros, mas a MPB tocada durante o jantar conquistou a comitiva que acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua segunda visita oficial à China, na semana passada. Ao fundo, um painel retratava a muralha que durante séculos protegeu o país de invasões estrangeiras, mas que agora está começando a se abrir para o Brasil. Durante a missão, dois grandes negócios foram fechados: um empréstimo de US$ 10 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China para a Petrobras e um compromisso de investimento de US$ 4 bilhões da Wuhan Iron and Steel na MMX, de Eike Batista.
Os chineses também confirmaram a instalação de uma fábrica da montadora Chery no Brasil, além de um crédito de US$ 800 milhões para o BNDES e outros US$ 100 milhões para o Itaú BBA, para o financiamento de exportações. São os primeiros investimentos de vulto no Brasil depois de várias promessas e anúncios que não se concretizaram nos últimos anos
No ano passado, os chineses, que já são os maiores parceiros comerciais do País, investiram apenas uS$ 38 milhões no Brasil. Preferiram apostar na África, especialmente nos países produtores de minério e petróleo, onde investiram bilhões de dólares em projetos que também utilizam mão de obra chinesa. o governo brasileiro considerou a visita satisfatória, ciente de que as relações com a china são construídas lentamente. num jantar com sua equipe, lula descreveu como "quase infinita" a possibilidade de negócios entre os dois países, mas disse que o comércio externo é como um garimpo. "temos que garimpar. temos que convencer as pessoas de que nossos produtos são melhores", afirmou. um acordo como o que foi assinado entre a petrobras e o governo chinês é também um sinal dos tempos. nos anos 70, era o brasil quem precisava assegurar recursos naturais, tendo assinado contratos desse tipo com o iraque.
Agora, autossuficiente em petróleo, o país pode se comprometer a vender 200 mil barris/dia para os chineses até 2019, obtendo como contrapartida os recursos para investir no pré-sal. "o acordo é o resultado de dois interesses comuns: o nosso, que temos petróleo, e o da china, que tem necessidade de petróleo e disponibilidade de recursos", disse à dinheiro José sérgio Gabrielli, presidente da petrobras. em outros setores, as conversas foram mais duras. os chineses fingiram que não ouviram os pleitos do governo - inclusive do presidente lula ao seu colega hu Jintao - de liberação da licença de exportação de 45 aviões da embraer para a empresa de aviação regional chinesa Kunpeng e de importação de carne bovina e suína. nesta área, lula só conseguiu a confirmação de que o governo chinês vai cumprir um acordo fechado em fevereiro e conceder licença de exportação de frango de 24 abatedouros já habilitados. o resultado agradou aos exportadores de carne de frango, que veem na china um mercado potencial para compensar a queda de 15% na demanda dos países desenvolvidos desde o início do ano.
Já os exportadores de carne bovina e suína continuam sem acesso ao mercado que mais cresce no mundo. "infelizmente, ainda não foi desta vez que conseguimos abrir o mercado chinês para a carne suína nacional", lamentou o presidente da Associação brasileira da indústria produtora e exportadora de carne suína, pedro de camargo neto.
E a Embraer saiu sem a garantia de conseguir enviar os aviões encomendados pela companhia chinesa. "a China está crescendo acima da demanda mundial e, por isso, esse contrato seria tão importante", disse à DinhEiRo o presidente da empresa, Frederico Curado.
A pauta de exportações brasileiras para a china ainda está concentrada em produtos básicos, mas vem crescendo. A participação do país asiático nas vendas nacionais saltou de 8,3% no ano passado para 13% nos primeiros meses deste ano, com um volume de us$ 5,6 bilhões. o secretário-executivo do conselho empresarial brasilchina, Rodrigo Maciel, acha que os investimentos chineses na economia brasileira vão ajudar a diversificar a pauta de exportações. para ele, iniciativas como a viagem presidencial são fundamentais num país dominado pelo estado, como a china. "eles gostam de saber que o governo chancela as relações", disse à dinheiro.
Mas como confidenciou um diplomata brasileiro, o país ainda está aprendendo que "negócio da china" é uma expressão que se usa com mais frequência por eles do que por nós.

Bilionários árabes perdem 35% com a crise

A riqueza agregada dos bilionários árabes despencou 35% atingindo US$ 115,8 bilhões frente aos US$ 177,6 bilhões no ano passado, informou a revista “Forbes Arabia”.
A lista dos “Bilionários Árabes de 2009” traz 34 dos homens mais ricos da região, com os príncipes saudis liderando o ranking com 14 representantes – e uma fortuna combinada de US$ 60,5 bilhões. O príncipe Alwaleed Bin Talal Alsaud é o homem mais rico da região com uma fortuna pessoal de US$ 13,3 bilhões. No ranking mundial, ele aparece na 22ª posição. Na verdade, apesar de aparecer bem na lista, ele caiu três posições em relação ao levantamento de 2008, quando sua fortuna estava avaliada em US$ 21 bilhões. Em segundo lugar aparece Mohammed Al Amoudi, dono da Svenska Petroleum, e que aparece em 43° lugar com US$ 9 bilhões. O empresário Saudi Mohamed Bin Issa Al Jaber e Maan Al-Sanea ambos aparecem em quinto na lista da “Forbes Arabia” (e ocupando a 62ª posição no ranking mundial) com US$7 bilhões cada um. Na sétima posição está o empresário Sulaiman Al Rajhi, com uma fortuna pessoal de US$ 6.2 bilhões. O xeque Saleh Kamel ficou em nono lugar, com uma fortuna de US$ 3.5 bilhões. E fechando a lista dos dez, Saleh Al Rajhi que aparece em 183° lugar na edição internacional. Os Emirados Árabes Unidos colaboraram com seis bilionários para a lista, como o xeque Mansour Bin Zayed Al Nahyan (com uma fortuna pessoal de US$ 4.9 bilhões). O Kuwait aparece em terceiro lugar com quatro bilionários. O Líbano perdeu representação na lista desde que quatro bilionários baixaram de categoria – e passaram a ser apenas milionários. Agora tem apenas três bilionários, o mesmo número do Egito. Para o editor da revista “Forbes Arabia”, a queda na fortuna agregada dos bilionários árabes reflete a direção dos investimentos e das condições financeiras na região. A presença de 34 bilionários com uma fortuna calculada em mais de US$ 100 bilhões é impressionante, principalmente se levarmos em conta a volatilidade da região nos últimos anos. “Países como Rússia, Índia e Turquia sofreram muito mais com a crise, perdendo metade dos seus bilionários em um ano”, afirmou Khuloud Al Omian, diretor da revista. A crise financeira excluiu 332 bilionários do ranking mundial desde março de 2008. O número de bilionários passou de 1.125 em 2008 para 793 em 2009.

China tem 825 mil multimilionários

Apesar da crise e de previsões pessimistas, mais de 825 mil pessoas na China podem se orgulhar de fazer parte do clube dos multimilionários – gente que teria em suas contas bancárias mais do que 10 milhões de yuans, o equivalente a R$ 3,22 milhões. Segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (15/04), pelo menos 51 mil deles têm uma fortuna pessoal de mais de 100 milhões de yuans – o correspondente a R$ 32,2 milhões.
De acordo com o novo boletim, a ciade de Pequim, com uma população de mais de 16 milhões de pessoas, concentra o maior número de milionários, em torno de 143 mil chineses. Logo através vem a província de Guangdong, onde o número de magnatas com mais de 10 milhões chega a 137 mil. Em Xangai, onde fica localizada a Bolsa de Valores, os muito ricos se juntam em um clube de 116 mil membros, diz o relatório de riquezas Hurun. Para quem imagina qual seria o perfil dos multimilionários da nova China, o relatório dá algumas pistas: a idade média é 39 anos e eles se encaixam em quatro categorias, incluindo os empresários e empreendedores, as celebridades, investidores do mercado de ação e altos executivos. Adoram restaurantes caros e não têm vergonha de assumir um padrão mais ocidental na hora de fechar negócios e ficarem, bem, ainda mais ricos.

Milionários preferem dar dinheiro para caridade do que deixar para os filhos

O interesse crescente em filantropia entre os mais ricos do Reino Unido e dos Estados Unidos indica que a próxima geração de multi-milionários talvez não faça justiça ao título. Segundo uma pesquisa divulgada agora, muitos milionários – e até bilionários – pretendem deixar menos dinheiro como herança para seus filhos. Pesquisa da Richard Harris, fundadores do serviço de testamento online, descobriu que 62% das pessoas com ativos estimados em mais de US$ 800 mil planejam gastar seu dinheiro com obras de caridade ou simplesmente doá-lo para as organizações.
Com isso, os milionários estariam seguindo os passos de ricos “do bem” como Bill Gates e Duncan Bannatyne, que decidiram doar a maior parte de suas fortunas para causas nobres a fim de iincentivar os filhos a iniciar uma carreira e pagar suas próprias contas. Segundo o próprio Richard Harris, “filantropos ricos, principalmente empreendedores multi-milionários, são firmes em dizer que querem que seus filhos tenham um incentivo para trabalhar duro como eles fizeram em suas vidas. E uma forma de fazer isso é limitando suas heranças”. “Os pais não querem tirar a ambição dos filhos”, diz. “Em vez de deixar suas fortunas para trás, eles estão repassando a maior parte do dinheiro para causas sociais que eles já defendem e nas quais acreditam. Eles estão colocando mais ênfase em deixar um legado que beneficie a sociedade.” “Há uns dez anos, 75% da lista dos mais ricos do jornal Sunday Times eram compostos por gente que havia herdado dinheiro de família. Hoje, essa proporção é inversa”. Tanto é verdade que a lista dos filantropos inclui nomes de prestígio do mundo dos negócios.

- Duncan Bannatyne – Empreendedor que faz parte do programa de TV inglês “Dragon’s Den”, em que milionários dizem se vão ou não investir no negócio de novos empreendedores. Pai de seis filhos. Ele criou um fundo para beneficiar suas crianças, mas já avisou aos filhos que eles terão de demonstrar fibra moral suficiente antes de receber sua parte do quinhão.
- Peter Jones – Empreendedor que também faz parte do programa “Dragon’s Den” já disse aos cinco filhos que eles terão de trabalhar, mas prometeu que um fundo vai dobrar sua renda a cada ano e se eles decidirem trabalhar com organizações de caridade (terceiro setor) ou assumirem um trabalho socialmente responsável, o fundo pagará três vezes seu salário anual.
- Bill Gates – O fundador da Microsoft planeja doar a maior parte de sua fortuna antes de morrer, mas quer deixar US$ 10 milhões para cada um dos três filhos. O resto vai direto para obras de caridade nas quais está envolvido com a Fundação Bill e Melissa Gates. Ele é especialmente atraído para projetos de educação em países menos desenvolvidos.
- Warren Buffet – O mega-investidor americano, segundo homem mais rico do mundo atrás somente do amigo Bill Gates, tem uma fortuna estimada em US$ 62 bilhões. Ele já declarou que vai deixar aos filhos “o suficiente para que eles possam fazer qualquer coisa, mas não tanto que não queiram fazer nada na vida”.
- Barron Hilton – O avô da patricinha Paris Hilton prometeu doar 97% da sua fortuna de US$ 2,3 bilhões para entidades beneficentes.

Bilionários perdem fortunas com crise e fraude

O impacto da crise econômica e a possível maior fraude financeira da história afetaram alguns dos homens e mulheres mais ricos do mundo nos últimos tempos. Na lista estão executivos de sucesso, investidores e personalidades de Hollywood.
O líder das perdas conhecidas até o momento é o empresário do setor imobiliário e de cassinos Sheldon Adelson, que viu sua fortuna declinar em US$ 30 bilhões (cerca de R$ 70 bilhões) até novembro - ou 93% do seu patrimônio, segundo o Wall Street Journal.
O diretor executivo-chefe da Arcelor Mittal, Lakshmi Mittal, que perdeu, segundo o jornal Sunday Times, US$ 24,3 bilhões (cerca de R$ 58 bilhões), afetado pela redução do valor de mercado de sua companhia.
Uma prévia da lista dos mais ricos elaborada pelo Sunday Times aponta que as fortunas combinadas das mil pessoas mais ricas do Reino Unido caiu aproximadamente 50% de 2008 para 2009, passando de 412,8 bilhões de libras (R$ 1,438 trilhão) para cerca de 200 bilhões de libras (R$ 697,15 bilhões).
A crise financeira e a turbulência nas bolsas também afetaram o megainvestidor americano Warren Buffett - o homem mais rico do mundo segundo o último levantamento da revista Forbes. O dono da Berkshire Hathaway acumulou, após o agravamento da crise, segundo o WSJ, perdas de US$ 16 bilhões (cerca de US$ 37 bilhões).
Outro que perdeu bilhões foi o bilionário russo Roman Abramovich, dono do clube de futebol Chelsea. Com menos US$ 20,3 bilhões (cerca de R$ 46 bilhões) na conta, até o meio de outubro, ele decidiu adiar sua festa de casamento. Segundo informações da agência Ansa, ele teria afirmado publicamente que, na ocasião, não teria tempo e nem "humor apropriado para organizar festas".
O Wall Street Journal também apontou que a trinca formada por dois co-fundadores do Google - Sergey Brin e Larry Page - e o idealizador da Microsoft, Bill Gates, perdeu aproximadamente US$ 12 bilhões (cerca de R$ 28 bilhões) cada.
Apesar de não ter suas perdas divulgadas em valores, outra que vai terminar o ano mais "pobre" é a mulher mais rica do mundo, segundo a Forbes. De acordo com o jornal britânico The Times, Liliane Bettencourt, dona da L'Oreal, confiou parte de sua fortuna de US$ 22,9 bilhões (cerca de R$ 53 bilhões) em investimentos relacionados à empresa de Bernard Madoff, ex-presidente da Nasdaq e acusado de ser o mentor de uma fraude financeira de US$ 50 bilhões (aproximadamente R$ 116 bilhões).
Bettencourt tinha investimentos no Access International, um fundo cujo criador se suicidou, em Nova York, devido ao envolvimento de sua aplicação com a fraude. Segundo o The Times, além de Liliane, a bilionária espanhola Alicia Koplowitz, o cineasta americano Steven Spielberg, o ator Kevin Bacon e o prêmio Nobel Elie Wiesel são outros famosos vítimas do esquema de Madoff.

Lula: próximo passo é convencer China a comprar aviões Embraer

Depois de o Banco de Desenvolvimento Chinês anunciar um empréstimo de US$ 10 bilhões para a Petrobras explorar o petróleo da camada pré-sal, o próximo passo do Brasil é convencer a China a comprar aviões da Embraer. A declaração foi dada nesta segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seu programa semanal de rádio, Café com o Presidente.
"Nós temos um contrato de 45 aviões, mas, até agora, e eu acredito que, por conta da crise, eles não deram sequência na compra dos aviões. Mas, certamente, a China vai comprar os aviões. É apenas uma questão de tempo", afirmou.
O presidente também demonstrou confiança quanto à ampliação do comércio entre Brasil e Turquia. De acordo com ele, a cifra de US$ 1,5 bilhão que representa a troca comercial entre os dois países atualmente é muito baixa para nações que juntas somam mais de 260 milhões de pessoas.
"Eu convidei o primeiro-ministro para voltar ao Brasil ainda este ano, e em agosto, possivelmente, ele já venha, e o presidente talvez venha no ano que vem. E se eles continuarem vindo pra cá com delegações empresariais e nós voltarmos para lá com mais delegações empresariais, a tendência natural é o nosso fluxo na balança comercial crescer. Isso é o que importa para a Turquia e para o Brasil", declarou.
Na Arábia Saudita, a expectativa é que as três cidades que o país pretende construir nos próximos anos - uma turística, uma industrial e uma tecnológica - abram oportunidades para o Brasil, que poderá poderá exportar serviços para a implantação desses empreendimentos.
"Tivemos uma conversa de mais de duas horas com o rei Abdullah, e eu acho que vai render para o Brasil. Era o último país grande que nós precisávamos visitar no mundo árabe. Visitamos, e eu penso que a perspectiva de troca de comércio entre Brasil e Arábia Saudita vai aumentar e vai aumentar muito, sobretudo, na área de serviço", afirmou.
O presidente disse ainda que resolveu outras questões durante a viagem aos três países, como acordos sobre a exportação de frango e carne para a China, e que está trabalhando para mudar a "geografia comercial do mundo". De acordo com Lula, o Brasil está "batendo à porta" desses outros países para mostrar que tem produtos mais sofisticados para vender do que apenas commodities.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

No G20, o que vale é o dinheiro

De tudo que foi decidido no G20 o mais importante é o dinheiro, o trilhão de dólares.
O resto é intenção de mudança. Boa intenção, mas ainda falta o longo trabalho de definir essas mudanças nos detalhes.

Pode-se dizer: mas também é uma promessa dos países de colocar mais dinheiro no FMI e no financiamento do comércio mundial. Mas é uma promessa mais realizável, digamos assim.
Os países têm o dinheiro, podem disponibilizá-lo rapidamente e o FMI e outras instituições internacionais têm expertise para aplicar.

Já a regulamentação do sistema financeiro, bem, é mais complicado. Por exemplo: colocar-se de acordo que é preciso regular os fundos hedge é fácil; agora vem o difícil trabalho de fazer a regulação. Será internacional? Como valerá nas legislações nacionais? Idem para bônus de executivos e grupo de vigilância financeira internacional.

O governo brasileiro quer multinacionais brasileiras e pode apoiar a Brasil Foods


A Brasil Foods será claramente dominante em áreas importantes do setor de alimentos. Terá, por exemplo, mais de 60% do mercado de margarinas; entre 60% e 70% de carnes resfriadas e congeladas; e quase 90% do setor de massas prontas.
Mesmo assim, a impressão nos meios econômicos é a de que a fusão será aprovada pelos órgãos do governo. De todas as grandes fusões anunciadas de alguns anos para cá, a única que acabou inteiramente vetada foi a compra da Garoto pela Nestlé - questão, aliás, que está na justiça.
Todas as demais foram aprovadas, algumas com restrições – o que pode ocorrer com a Brasil Foods. A nova empresa pode ser obrigada, por exemplo, a se desfazer de algumas marcas.
Mas o mais importante é que o governo Lula claramente favorece a formação de grandes companhias de capital nacional, capazes de expansão mundo afora. No caso da fusão Oi-Telemar, o governo apoiou politicamente, com dinheiro e suporte institucional – mudou leis para facilitar o negócio. O BNDES também apoiou a fusão Votorantim/Suzano (área de celulose).
E é possível que o BNDES compre parte das novas ações que a Brasil Foods vai lançar em breve.

Lucro da Telefônica recua 1,2% no primeiro trimestre, para R$ 482,6 mi

A Telefônica (Telesp, operadora de telefonia fixa que atua em São Paulo) informou nesta terça-feira que teve lucro líquido de R$ 482,6 milhões no primeiro trimestre do ano, com queda de 1,2% sobre o obtido no mesmo período do ano passado.
A receita operacional bruta da empresa ficou em R$ 5,824 bilhões no período, com alta de 4,6%. Já a receita líquida avançou 2,5%, para R$ 3,862 bilhões.
"Este aumento se deve principalmente ao crescimento dos serviços de TV por assinatura e banda larga, das receitas com cessão de meios e longa distância nacional, além do reajuste tarifário de 3,01% com vigência a partir de julho de 2008. A evolução positiva destes serviços compensa a redução nas receitas tradicionais, tais como telefonia pública e serviço local", informou a empresa em comunicado.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) recuou 2,8% no primeiro trimestre ante igual período do ano passado, atingindo R$ 1,488 bilhões.
A empresa viu o número de linhas de telefone em serviço recuar 2,9% no trimestre, indo para 11,583 milhões. A maior perda foi no número de linhas residenciais, com queda de 5%. Em compensação, houve fortes altas no número de clientes de banda larga (22,7%, para 2,657 milhões) e de TV por assinatura (78,4%, para 502 mil).
Os investimentos da empresa somaram R$ 405,3 milhões, com leve alta de 5% sobre os três primeiros meses de 2008.

Fiat apresenta oferta pelas atividades da GM no Brasil e na Argentina

A montadora italiana Fiat apresentou nesta sexta-feira uma oferta pelas atividades da GM (General Motors) no Brasil e na Argentina, como parte das negociações de compra das filiais europeias da empresa americana. A GM negocia a venda a Opel e da Vauxhall na Europa, a fim de reduzir seus custos para reestruturar a empresa e evitar a concordata. Segundo a fonte, que não foi identificada, a Fiat entregou um documento com uma oferta sobre a alemã Opel e a marca britânica Vauxhall, filiais da americana na Europal, mais as atividades da GM no Brasil e Argentina. Na quarta-feira, o grupo italiano já havia anunciado a oferta sobre as operações europeias da GM. Procurada pela Folha Online, a assessoria da Fiat disse que ainda não se pronunciaria sobre o caso. A GM, por sua vez, disse que não vai comentar a proposta, afirmando que todos os passos das negociações estão a cargo da matriz americana. A Fiat e a GM disputam a liderança do mercado no Brasil --são, respectivamente, a primeira e a terceira montadora, em volume de vendas de automóveis. Considerando a América Latina, a americana tem maior participação no mercado, com vendas que passaram de 1,2 milhão em 2008 veículos, enquanto a Fiat vendeu 700 mil unidades.

Montadora global
Com suas propostas agressivas sobre a GM, a Fiat busca se tornar uma montadora global, disputando mercado com a japonesa Toyota e a alemã Volkswagen. A italiana já demonstrou interesse na montadora sueca Saab, outra filial da GM, mas estas negociações acontecem separadamente, segundo um porta-voz do grupo italiano. A Fiat não está sozinha na concorrência pelas operações europeias da GM: o grupo austro-canadense Magna International, o fabricante de veículos russo Gaz Russia e a empresa belga RHJ International também demonstraram interesse em Opel e Vauxhall. No início de maio, uma fonte da indústria declarou que a Fiat ambicionava adquirir também as atividades da GM na América Latina. O jornal "Financial Times", que citou fontes ligadas ao caso, informou que o futuro destas atividades representava o principal ponto de discórdia nas negociações entre a montadora americana e a empresa italiana.
Em meio à negociação com a GM, a empresa de Turim também dá andamento a seu acordo de parceria com a Chrysler --a terceira maior montadora dos EUA, que pediu concordata no começo do mês.

Concordata na GM
A General Motors, a qual negocia a venda de marcas como uma das medidas para evitar sua falência, tem até o dia 1º de junho para apresentar seu plano de reestruturação ao governo americano. Até agora, a empresa já anunciou o fechamento de
2.400 lojas até 2010 e a demissão de 21 mil funcionários. A montadora já recebeu US$ 15,4 bilhões em empréstimos. Apesar disso, ainda diz que pode declarar quebra caso não receba ofertas suficientes para a troca de dívidas por ações. Segundo publicado nesta sexta-feira pelo jornal "The Washington Post", o presidente americano, Barack Obama, está disposto a declarar a concordata da General Motorsna próxima semana. Segundo o diário, "o governo dos EUA forneceria cerca de US$ 30 bilhões em ajudas à montadora para que possa prosseguir com sua reestruturação e emergir de forma rápida da moratória". O "Washington Post" acrescentou que a administração Obama também está se preparando para que a Chrysler abandone na próxima semana a situação de moratória em que se encontra desde abril.

Sem caixa, Hugo Chávez busca ajuda do BNDES

Com dificuldades de caixa após a queda no preço do petróleo, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, está negociando com o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) o financiamento de projetos em andamento que contam com a participação de empresas brasileiras.
"O BNDES tem uma carteira potencial de projetos com a Venezuela que ascende a US$ 10 bilhões e financiamentos potenciais na escala, por parte do banco, de US$ 4,3 bilhões", disse ontem à Folha o presidente da instituição, Luciano Coutinho, após se reunir com Chávez, em Caracas. A visita é parte dos preparativos para a viagem do presidente venezuelano à Bahia, na terça-feira.
Os financiamentos sob análise se encaixam na modalidade de exportação de bens e serviços de empresas brasileiras. As negociações mais avançadas envolvem duas linhas de metrô em Caracas, no total de US$ 732 milhões.
Ambas as obras estão sob a responsabilidade da Odebrecht, a maior empreiteira em operação na Venezuela. As negociações foram iniciadas em dezembro, e a expectativa da empresa é que o contrato seja assinado nos próximos 60 dias. Nos últimos meses, a Odebrecht --assim como várias outras empresas prestadoras de serviço ao Estado- vem sofrendo com o atraso no repasse de verbas, provocando a redução no ritmo de algumas obras. Também está em tramitação a concessão de empréstimo de até US$ 300 milhões para a Propilsul, empresa produtora de polipropileno que tem como sócias a Braskem (braço petroquímico da Odebrecht) e a estatal venezuela Pequiven. Os projetos que podem ter envolvimento do BNDES incluem ainda a construção de um estaleiro e uma siderúrgica, ambos a cargo da construtora Andrade Gutierrez, e outras duas fábricas com participação da Braskem. Com a receita do petróleo reduzida à metade e num cenário de pouco crédito mundial, o BNDES é visto por Chávez como opção viável de financiamento externo, principalmente pelo bom relacionamento político com o presidente Lula. De acordo com Coutinho, o encontro com Chávez serviu para discutir mecanismos para que esses financiamentos sejam feitos no âmbito do CCR (Convênio de Pagamentos e Créditos Recíproco), uma câmara de compensação de crédito e débitos da Aladi (Associação Latino Americana de Integração), da qual Brasil e Venezuela fazem parte. Pelo sistema CCR, os bancos centrais fazem periodicamente um acerto de contas. Se o devedor deixa de pagar, o BC desse país assume o débito -na prática, um seguro de pagamento. Do lado brasileiro, um dos obstáculos para a ampliação das linhas de financiamento é o aumento do teto atual para o financiamento de exportação de bens e serviços à Venezuela. A revisão precisa ser aprovada pelo Ministério da Fazenda e pelo Cofig (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações), no qual apenas representantes de ministérios têm direito a voto.
"Mesmo dentro do limite anterior, como a Venezuela hon- rou todas as dívidas, e o saldo devedor é muito baixo, existe limite para fazer mesmo dentro do que estava vigente. Então não há um grande problema imediato", disse Coutinho.

China exige 40% de desconto em minério da Vale

A secretária-geral da Associação Chinesa de Aço e Ferro negou que já exista um acordo com a Vale para a redução de preço do minério de ferro e disse que vai exigir da companhia brasileira um desconto de 40% no preço da matéria-prima utilizada na fabricação de aço.
Shan Shanghua afirmou que não há um acordo com a Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro, para que o preço seja reduzido entre 30% e 35% neste ano. Segundo ela, os resultados das negociações permanecem imprevisíveis.
O corte de 30% a 35% estaria sendo negociado pelas siderúrgicas japonesas, mas os executivos chineses (a China é o maior comprador global de minério de ferro, superando o Japão) afirmam que a queda precisa ser maior para garantir que as suas empresas obtenham lucro.
O presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou nesta semana que as negociações para determinar o preço da commodity estavam próximas de serem concluídas. O executivo disse que a empresa estava esperando as rivais australianas BHP Billiton e Rio Tinto fecharem acordo com as siderúrgicas asiáticas antes de decidir o seu preço.
No ano passado, a Vale foi a primeira a fechar um acordo, obtendo um aumento de até 71%. As australianas romperam a tradição do setor (em que o preço estabelecido pela primeira mineradora a fechar negócio é seguido pelas demais) e estenderam as negociações, conseguindo alta de até 96% --agora os chineses querem delas um corte de 45%.
O cenário, no entanto, mudou neste ano. A previsão é que a economia mundial terá a maior queda desde a Segunda Guerra, com menor demanda por automóveis e materiais de construção, entre outros itens que dependem do minério de ferro.
Até o momento, apesar dos poucos detalhes das negociações, os clientes asiáticos deixaram claro que querem cortes expressivos nos preços, depois de vários anos seguidos de aumento.

Obama pode declarar falência da GM na próxima semana

O presidente americano, Barack Obama, está disposto a declarar a falência da GM (General Motors) na próxima semana, afirmou nesta sexta-feira o jornal "The Washington Post" em sua edição digital. Segundo o diário, o governo dos EUA forneceria cerca de US$ 30 bilhões em ajudas à montadora para que possa prosseguir com sua reestruturação e emergir de forma rápida da moratória. Este número se somaria aos aproximadamente US$ 15 bilhões que a montadora já recebeu desde dezembro. O "Washington Post" acrescentou que a administração Obama também está se preparando para que a Chrysler abandone na próxima semana a situação de moratória em que se encontra desde abril. O Departamento do Tesouro concedeu à General Motors um prazo até 31 de maio para desenvolver um plano de reestruturação que reduza de forma dramática seus custos trabalhistas, encargos financeiros e sua dívida. Na quarta, o sindicato United Auto Workers (UA) anunciou que tinha chegado a um acordo com a GM para reduzir seus custos trabalhistas e suas responsabilidades financeiras com relação ao fundo que tem para financiar os gastos de saúde dos trabalhadores e aposentados da empresa. A montadora tinha se comprometido a fornecer US$ 20 bilhões a esse fundo, mas o Departamento do Tesouro queria que uma parte considerável dessa quantidade fosse em forma de ações, em vez de dinheiro.
Como já aconteceu com a Chrysler, o principal problema da GM agora é convencer seus credores a aceitar a oferta do Tesouro para cancelar as dívidas.

PIB do Reino Unido cai 4,1% no 1º trimestre e mantém país em recessão profunda

A economia britânica recuou 4,1% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, e 1,9% na comparação com o trimestre anterior. O país se mantém em recessão profunda. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Escritório de Estatísticas.
Estes dados, que correspondem às estimativas anunciadas há um mês pelo governo de Gordon Brown, confirmam que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico registrou queda durante três trimestres consecutivos, um claro sinal da profundidade da recessão que afeta o país.
Outro claro indicador da crise econômica é o relatório divulgado nesta sexta-feira pela Associação britânica de fabricantes de automóveis (SMMT), que mostrou que a fabricação de automóveis no país despencou 55,3% em abril na comparação com o mesmo mês de 2008 e 56,2% no primeiro quadrimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
"Apesar das dificuldades atuais, a Grã-Bretanha deve se preparar para a retomada do crescimento econômico mundial, e o apoio à indústria é uma parte essencial do processo", disse o presidente da SMMT, Paul Everitt.

British Airlines tem prejuízo anual de £ 375 milhões, primeiro desde 2002

A British Airways anunciou seu primeiro resultado negativo anual em sete anos, ao reportar prejuízo de £ 375 milhões, contra as estimativas de cerca de - £ 310 milhões. No ano anterior, a aérea apresentara lucro líquido de £ 712 milhões.
Em resposta ao mau número, a terceira maior companhia de tráfego aéreo europeia comunicou que paralisará 16 aeronaves e reduzirá a capacidade de operação em 4% para atravessar a crise de demanda por voos. Nessa toada restritiva quanto aos custos, o presidente da empresa, Willie Walsh, anunciou que cortará o quadro de funcionários da British Airways, sem especificar em quanto. Adicionalmente, a empresa reportou que não pagará dividendos referentes ao exercício de 2008.
Perdas e custos: Após a compra de contratos protetores do aumento dos preços de combustível - que chegaram a US$ 147,27 o barril em julho - a aérea espera arcar com £ 400 milhões a menos em termos de custos pelo produto ao longo deste ano. Ainda acerca dos números negativos, a International Air Transport Association afirmou em março que a perda total das companhias aéreas no ano de 2009 deve montar à cifra de US$ 4,7 bilhões.

Petrobras e empresa Turca assinam acordo para explorar petróleo no mar Negro

A Petrobras e a TPAO (Corporação de Petróleo Turca, na sigla em turco) assinaram nesta sexta-feira, em Ancara, um acordo de exploração conjunta de petróleo no mar Negro, com um investimento de US$ 800 milhões. Em entrevista coletiva conjunta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe de Estado da Turquia, Abdullah Gül, destacaram o acordo, como parte dos esforços para fortalecer a cooperação entre os dois países.
Gül disse que as duas companhias estatais investirão juntas US$ 800 milhões para a prospecção petrolífera. Lula lembrou que a Petrobras está em busca de parceiros estrangeiros a fim de crescer até tornar-se "a maior companhia petrolífera do mundo". "Não queremos ficar no segundo ou no terceiro lugar. Por isso, aumentaremos o número de parceiros estrangeiros", disse. Perguntado sobre a CPI aberta no Senado devido a supostas irregularidades contábeis da Petrobras, Lula disse que avaliaria a situação após voltar ao Brasil, mas afirmou que a companhia está em condições de investir no projeto estipulado. Gül comemorou a cooperação com a Petrobras, especialmente pela reconhecida experiência da brasileira na prospecção de petróleo e de gás em alto-mar. "Estamos no meio de campos petrolíferos e sempre nos perguntamos na Turquia por que não temos [petróleo]. Buscaremos petróleo no mar Negro. As primeiras tentativas deram resultados positivos", disse o chefe de Estado turco.

Cosan: Venda de ativos

A Cosan anunciou em 20/05/09 a venda das atividades de distribuição de combustíveis de aviação à Shell, por US$ 75,0 milhões. A transação será liquidada dentro de 30 dias. Ainda de acordo com o comunicado, a atividade no ramo de aviação não é estratégica para
a Cosan. Além da venda dos ativos da antiga ESSO, de acordo com a imprensa local, a Cosan também trabalha no agrupamento das atividades de co-geração de energia, para então colocá-las sob administração da empresa “Cosan Bioenergia” (empresa já existente). Nesta
operação a Cosan venderia o bagaço de cana para a Cosan Bioenergia, que por sua vez vende energia para a Cosan e o excedente para o mercado. A intenção da Cosan, como já abordado em nosso relatório de início de cobertura, é investir cerca de R$ 3,5 bilhões
para transformar 08 de suas unidades em produtoras de energia, com capacidade de 1.200 MW (80,0% já vendido em leilões de energia). Mesmo que cerca de 40%-50% dos investimentos já tenham sido realizados, fontes locais informam que a Cosan busca um parceiro/investidor para esses projetos, como forma de mitigar riscos e reduzir o valor dos aportes próprios. Acreditamos que fundos dedicados a projetos de infra-estrutura e energia podem ser o público-alvo para a Cosan oferecer seus projetos em co-geração de energia.


As ações poderão reagir positivamente ao anúncio da venda dos ativos acima
mencionados. Desde a aquisição da ESSO, a venda de operações não-estratégicas desta companhia já era visto como uma possibilidade. Neste momento, acreditamos que a venda poderá contribuir na redução do endividamento bancário da Cosan, um aspecto freqüentemente abordado pelos investidores. Da mesma forma, acreditamos que a venda estratégica de parte dos projetos de co-geração também é positiva, principalmente quando observamos o atual momento de mercado com crédito mais escasso (e caro), além da necessidade do grupo em baixar o nível de alavancagem.

TIM e Oi ganham mercado, segundo a Anatel


A Anatel divulgou os dados oficiais da telefonia móvel de abr/09 com a base de usuários do Brasil atingindo 154,6 milhões de unidades, equivalente a 0,9 milhão de novas adições de celulares. O número de adições é 29,4% inferior ao mês de mar/09 (1,3 milhão) e 52,2% inferior ao mês de abr/08 (1,9 milhão). Apesar de os números apresentarem uma forte redução, lembramos que: (i) 2008 foi o ano mais forte até agora em termos de vendas; (ii) em 2009, o item do segmento de telefonia móvel mais afetado pela atual crise foi a venda de aparelhos; e (iii) abril não é sazonalmente um mês forte para as vendas. Com relação do desempenho das companhias, destacamos que TIM e Oi ganharam mercado, enquanto Claro permaneceu estável e Vivo perdeu participação. Acreditamos que, com o aumento da venda de SIM-Cards e com a entrada do setor num processo de maior maturação, cada vez mais a participação de mercado deve
ser analisada em conjunto com outros indicadores, como por exemplo, participação em receita, participação em EBITDA, margem EBITDA e ARPU. Apresentamos a seguir os principais destaques dos dados da Anatel:


TIM e Oi ganham mercado, Claro se mantem estável e Vivo perde : a TIM apresentou 348,0 mil adições líquidas no mês, sendo responsável por um ganho de 0,13 p.p. de participação de mercado, atingindo um total de 23,58% de participação. No mesmo sentido, a Oi teve 284,0 mil adições, ganhando 0,06 p.p. de participação e atingindo 20,73% de participação de mercado. Por outro lado, a Claro apresentou 243,0 mil adições, mantendo-se estável em termos de participação de mercado com 25,76%. Finalmente, a Vivo apresentou apenas 49,0 mil adições líquidas, perdendo 0,15 p.p. em termos de participação, ficando com 29,55%.

Vale do Rio Doce: Redução no orçamento, sem surpresas

A Vale do Rio Doce (Vale) anunciou o novo orçamento de investimentos de 2009 que foi reduzido de US$ 14,2 bilhões para US$ 9,0 bilhões, uma queda de 36,5%, decorrente de variação de preço das moedas, revisão de custos de equipamento e de implantação, atrasos de investimento decorrente de demora na obtenção de licenças ambientais e simplificação ou mudança de escopo de alguns projetos. Ressaltamos que, dentre as áreas de negócio, os principais segmentos impactados foram os segmentos de metais ferrosos e logística, voltadas para o crescimento orgânico. A redução no CAPEX não deverá surpreender o mercado, tampouco gerar grande impacto sobre suas ações, tendo em vista que a empresa já vinha sinalizando essa redução, assumindo duas mudanças principais, a variação das moedas e revisão de custos de
equipamento e de implementação. Estimativas iniciais já apontavam para uma redução de US$ 14 bilhões para US$ 12 bilhões por conta das moedas e para próximo de US$ 10 bilhões por conta da revisão dos custos. Ressaltamos ainda que essa redução deverá ter pequeno impacto sobre a nossa avaliação, uma vez que já havíamos reduzido o valor para cerca de US$ 12 bilhões.
Tendo em vista que a mudança de orçamento não trouxe grandes surpresas, especialmente quando consideramos que os principais fatores de redução no CAPEX são benéficos para a nossa avaliação, mantemos a nossa recomendação de COMPRA para as ações PN com preço alvo de R$ 41,5/VALE5 e US$ 19,8/VALE-P e NEUTRO para as ações ON com preço alvo de R$ 44,5/VALE3 e US$21,2/VALE

Citigroup recomenda compra às ações de Sadia e Perdigão e eleva preço-alvo de ambas

"Acreditamos que há ainda um potencial de valorização considerável deixado por ambas ações que precisa ser capturado com o negócio". A afirmação permeia relatório do Citigroup, no qual discorre sobre a fusão entre Sadia e Perdigão e suas possíveis decorrências, tanto no mercado acionário quanto na economia real.
Primeiramente, o banco norte-americano informa que aumentou suas estimativas de preço-alvo para ambos papéis, de R$ 39,50 para R$ 48,00 no caso da Perdigão (PRGA3) - upside de 29,9% face ao último fechamento; e de R$ 4,00 para R$ 6,40 no tocante às ações da Sadia (SDIA4), com potencial de valorização de 36,4%, nas mesmas bases comparativas.
Além disso, os analistas elevaram a recomendação dos papéis da primeira processadora de alimentos, de venda para compra. Os últimos ativos permanecem com a recomendação de compra, anterior ao processo de fusão.
Sinergias e ganhos fiscaisConforme o viés da instituição financeira, as sinergias obtidas com o processo de fusão podem chegar na casa de R$ 637 milhões por ano, divididos da seguinte forma: R$ 111 milhões devido ao aumento de preços, dada a previsão de elevação de 0,5%; e R$ 527 milhões por redução de cistos operacionais. "Estimamos que as sinergias demorarão três anos para serem capturadas totalmente", completam os analistas.
Dado que a Perdigão adquiriu a Sadia por um preço maior do que o valor dos ativos no mercado, o Citigroup ressalta que deverá existir um montante razoável de goodwill (ágio por expectativa de rentabilidade futura) a ser auferido no decorrer dos próximos dez anos.
"Calculamos um goodwill de R$ 3,1 bilhões, que deve ser amortizado em dez anos num montante de aproximadamente R$ 310 milhões por ano", prevê o banco norte-americano, listando ainda que tais amortizações devem gerar benefícios fiscais de R$ 106 milhões, que proverá um VPL (Valor Presente Líquido) de R$ 604 milhões.
Valuation e otimismoDe olho nas dívidas bilionárias da Sadia, a recém nascida Brasil Foods realizará uma oferta pública de ações, visando levantar R$ 4 bilhões no processo. Para a instituição financeira, tal operação deverá afetar a valuation dos papéis em bolsa. Contudo, os analistas chamam a atenção para o overhang (diluição de participação acionária) potencial pela eventual participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Entre tantas incertezas no horizonte, o Citigroup não deixa de permanecer otimista com a nova companhia. "Após a fusão, com mais clareza acerca dos ganhos a serem auferidos por sinergia, as ações devem resumir sua trajetória ascendente", conclui o banco.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Japão - PIB Japonês registra queda recorde no 1º Trimestre /09

A economia japonesa continuou contraindo de forma acelerada no primeiro trimestre de 2009. O PIB apresentou queda anualizada de 15,2% na comparação com o quarto trimestre de 2008, ajustado sazonalmente. A variação negativa registrada no primeiro semestre deste ano foi a maior desde o início da série histórica, iniciada em 1959, superando a contração verificada na década de 1970 em função da crise do petróleo. A maior contribuição negativa para o resultado do PIB no 1T09 veio de investimentos privados não residenciais, seguido pelo setor externo e consumo privado. A contribuição líquida da demanda interna foi de 9,8 pontos percentuais na variação total do PIB. Nos Estados Unidos, a contração do PIB no 1T09 comparado ao 4T08 foi de 6,1%, na Zona do Euro a queda foi de –9,6% (Alemanha –14,4%, França –4,7%, Itália –
9,3%, Espanha –7,0%) e no Reino Unido –7,4%, todas as taxas em termos anualizados e com ajuste sazonal.

A crise global afetou a Ásia com grande intensidade e velocidade, por ser uma região exportadora de diversos produtos de bens de capital e sujeita as condições de crédito. A contração do PIB japonês será a maior entre os países do G7. Quanto maior a duração do período recessivo, maior a pressão sobre as empresas e bancos asiáticos. A expectativa de melhora para a economia do Japão permanece incerta no médio e no longo prazo, ainda que a economia mundial apresente alguma melhora. Melhoras no cenário econômico da região devem ocorrer somente com a retomada da demanda dos países desenvolvidos. Para 2009, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma retração da economia global de 1,3%, seguido de crescimento modesto em 2010 (1,9%). Para a demanda agregada dos países desenvolvidos, a previsão do FMI é de que ocorra retração de 3,8% em 2009 e permaneça estável em 2010.

PETR4 - Queda esperada na produção não compromete tendência de crescimento

A Petrobras divulgou a produção de óleo e gás natural no mês de abril. A produção local de petróleo e LGN atingiu 1.975,5 mil bpd (barris por dia), uma queda de 0,82% em relação a março. Por outro lado, na comparação contra o mesmo mês de 2008, uma alta 7,23%. Já a produção de gás natural ficou em 409,5 mil boepd (barris de óleo equivalente por dia), registrando queda tanto na comparação mensal (-2,5%) como na anual (-1,75%) devido à menor quantidade de usinas térmicas despachadas e pela queda do consumo no segmento industrial.


A produção total atingiu 2.519,1 mil boepd em abril, levemente abaixo do número de
março (2.513,9 mil boepd). No segmento internacional, foram produzidos 134,3 mil bpd vs. 126,2 mil bpd de março. A queda na produção doméstica (-0,82%) ocorreu devido às paradas programadas nas plataformas P-12 (Linguado), P-27 (Voador) e P-53 (Marlim Leste). Vale lembrar que, mesmo diante da redução observada em abril, a produção atual de óleo está bastante próxima da meta para o ano estabelecida pela empresa, 2.050,0 mil bpd.
Analisando os dados recentes de produção e plano de investimentos, acreditamos que a
companhia deverá continuar apresentando um bom desempenho operacional, o que deve
sustentar os preços das ações diante de um provável fluxo negativo de notícias oriundo de
uma investigação parlamentar no Senado.

Fatos Relevantes - 21/05/2009

PETR4 - A Petrobrás fechará amanhã um contrato coma estatal turca TPAO para prospecção de petróleo e gás natural do Mar Negro, mas já com os olhos voltados ao Iraque. O acordo está na pauta da visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou ontem à Turquia. O Brasil ainda quer um acordo no setor de defesa com o país estratégico na região, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O governo turco estima que o modesto comércio entre os dois países pode se multiplicar por cinco até 2013 e atingir US$ 10 bilhões. A Turquia estima que suas reservas chegam a 10 bilhões de barris, além de 1,5 trilhão de metros cúbicos de gás natural.

MMXM3 - Um analista disse que o mercado esperava que os chineses comprassem uma fatia
maior do capital da MMX, algo na faixa dos 50%. Em Pequim, onde esteve durante a
visita oficial do presidente Lula à China, Eike Batista disse ao Valor que a Wuhan estaria
adquirindo 27% do capital da empresa. Para um analista, a Wuhan está garantindo a
compra de matéria‐prima, mas fez um "hedge parcial", uma vez que iria tornar‐se
acionista minoritário da MMX. A decisão pode ser motivada, segundo ele, porque os
chineses talvez prefiram esperar o desenvolvimento da produção das minas da MMX
para pôr mais dinheiro nas mãos de Batista. A MMX Sudeste tem plano de ampliar a
produção de 8,7 milhões de toneladas para 33,7 milhões de toneladas em 2013, o que
irá requer investimento de US$ 1,1 bilhão. Cerca de 30% desse total deve ser de capital
próprio, considerando já o aporte dos chineses, e 70% serão financiados pelo BNDES e
pelo banco de desenvolvimento da China. A empresa ainda não deu entrada com o
projeto no BNDES.


CSNA3 - A Companhia Siderúrgica Nacional, em atendimento ao Oficio Bovespa GAE/CAEM p g p1.372‐09, de 19 de maio de 2009, pelo qual são solicitados esclarecimentos acerca da
notícia veiculada no jornal Valo Econômico, edição de 19/05/2009, sobre a estimativa
de crescimento das vendas da Companhia no segundo trimestre, vem esclarecer o
quanto segue: As informações sobre as estimativas positivas da Companhia em relação
ao crescimento de suas vendas no segundo trimestre foram objeto de divulgação na
conferência telefônica de apresentação do resultado do primeiro trimestre de 2009,
realizada no ultimo dia 14 de maio.

BC compra US$ 1 bi e freia queda do dólar

Volumosos ingressos de capital obrigaram o Banco Central a intervir pesadamente ontem no mercado de câmbio à vista. Se não tivesse comprado para valer, dificilmente a moeda teria fechado acima de R$ 2,00. Pelas contas dos operadores, no leilão feito às 15h30, o BC retirou
US$ 1,16 bilhão, quase o que havia comprado (US$ 1,22 bilhão) nos oito leilões anteriores realizados em maio. Mesmo assim, a moeda fechou ontem em baixa de 0,39%, cotada a R$ 2,0270. Em maio já acumula desvalorização de 7,06%. De acordo com operadores de bancos, o fluxo foi inesperadamente positivo ontem. Os dólares foram procedentes tanto de exportações
quanto de investimentos estrangeiros em Bolsa e renda fixa. O giro de negócios no interbancário foi de US$ 4,3 bilhões. O forte ingresso de capital coincidiu com informação dada em teleconferência pela agência classificadora de risco Moody's. Seus analistas asseguraram que dois
países da América do Sul, por sua capacidade de resistir aos choques desferidos pela crise internacional - o Brasil e Peru - são potenciais candidatos a uma elevação de notas. A agência americana está atrasada em relação à Standard & Poor´s e à Fitch Ratings, que já concederam o
grau de investimento ao Brasil. A Moody's ainda insiste em nota um patamar abaixo. E vem avisando ao mercado que fará a correção em breve. Analistas dizem que a decisão já está no preço da taxa de câmbio e não se vincularia às entradas feitas ontem. Pode eventualmente ser
usada por especuladores para puxar a cotação para aquém dos R$ 2,00 se ficar difícil fazer isso até lá. Com ou sem Moody's, os R$ 2,00 devem ser testados logo. O preço mínimo de ontem foi de R$ 2,0140 e o BC comprou a R$ 2,0188. Duas notícias tiveram influência sobre a taxa de câmbio. Uma puxou para cima. A outra para baixo. Não foi somente o BC brasileiro que
evitou uma queda maior. O Federal Reserve (Fed) também ajudou. Na ata da sua última reunião de política monetária, revisou para cima a estimativa de retração do PIB americano este ano. Agora espera queda de 1,3% a 2%. Isso esfriou os investidores e ampliou a aversão ao risco, tanto que as bolsas caíram e o excesso de demanda acarretou baixa dos juros dos títulos de 10 anos
do Tesouro americano. Eles cederam de 3,2450% para 3,1850%. A notícia que ajudava a empurrar o dólar para baixo foi doméstica, relativa ao fluxo cambial. Ele está, no mês, até o dia 15, positivo em US$ 2,059 bilhões. Trata-se do maior superávit acumulado desde setembro
do ano passado (US$ 2,803 bilhões). O saldo supera o registrado nos dez primeiros dias úteis do
mesmo mês de 2008, de US$ 1,477 bilhão. Com este superávit, o saldo no acumulado do ano passa a ser positivo, com as entradas ultrapassando as saídas em US$ 516 milhões. Depois de 14 meses amargando déficit, o fluxo financeiro exibia entrada líquida de US$ 1,4 bilhão no mês.
Auxiliam a segurar o dólar acima dos R$ 2,00 as posições à vista mantidas pelos bancos. Até o dia 15 as posições compradas das instituições estavam em US$ 2,094 bilhões. Elas foram formadas a um preço alto. No final de março, detinham caixa comprado de US$ 145,2 milhões. E decidiram ampliálo para US$ 1,26 bilhões em abril, com taxas de câmbio oficiais oscilando entre R$ 2,17 e R$ 2,28. Este mês, até o dia 5, aumentaram a posição para US$ 2,075 bilhões. No mercado futuro de dólar da BM&F, os investidores estrangeiros trataram de aumentar ao longo do mês sua posição vendida. Iniciaram maio com 10.412 contratos vendidos liquidamente em dólar futuro, o equivalente a US$ 520,6 milhões. Na última posição conhecida, referente ao dia 19, o caixa futuro vendido se elevava para 47.194 contratos, o correspondente a US$ 2,36 bilhões. O posicionamento total dos "hedge funds" - que além do dólar futuro inclui o pregão de cupom cambial -, ainda está comprado, mas a posição vem caindo rapidamente. Cedeu de US$ 2,423 bilhões no dia 15 para US$ 1,912 bilhão no dia 18 e US$ 1,251 bilhão no dia 19, e pode ter
zerado ontem. A derrocada do dólar atua para intensificar a direção de queda já assumida pelo mercado de juros futuros. O CDI previsto para o fim do ano caiu de 9,29% para 9,26%. O swap de 360 dias declinou de 9,36% para 9,32%, e projeta agora juro real de 5,09%, para uma expectativa Focus de IPCA para o mesmo período, de 4,03%.