A economia japonesa continuou contraindo de forma acelerada no primeiro trimestre de 2009. O PIB apresentou queda anualizada de 15,2% na comparação com o quarto trimestre de 2008, ajustado sazonalmente. A variação negativa registrada no primeiro semestre deste ano foi a maior desde o início da série histórica, iniciada em 1959, superando a contração verificada na década de 1970 em função da crise do petróleo. A maior contribuição negativa para o resultado do PIB no 1T09 veio de investimentos privados não residenciais, seguido pelo setor externo e consumo privado. A contribuição líquida da demanda interna foi de 9,8 pontos percentuais na variação total do PIB. Nos Estados Unidos, a contração do PIB no 1T09 comparado ao 4T08 foi de 6,1%, na Zona do Euro a queda foi de –9,6% (Alemanha –14,4%, França –4,7%, Itália –
9,3%, Espanha –7,0%) e no Reino Unido –7,4%, todas as taxas em termos anualizados e com ajuste sazonal.
A crise global afetou a Ásia com grande intensidade e velocidade, por ser uma região exportadora de diversos produtos de bens de capital e sujeita as condições de crédito. A contração do PIB japonês será a maior entre os países do G7. Quanto maior a duração do período recessivo, maior a pressão sobre as empresas e bancos asiáticos. A expectativa de melhora para a economia do Japão permanece incerta no médio e no longo prazo, ainda que a economia mundial apresente alguma melhora. Melhoras no cenário econômico da região devem ocorrer somente com a retomada da demanda dos países desenvolvidos. Para 2009, o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma retração da economia global de 1,3%, seguido de crescimento modesto em 2010 (1,9%). Para a demanda agregada dos países desenvolvidos, a previsão do FMI é de que ocorra retração de 3,8% em 2009 e permaneça estável em 2010.
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