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Nos últimos dias, tem sido intenso o vai-e-vém de executivos nos pouco mais de 300 metros que separam as sedes da Petrobras e da Chevron Brasil, na Avenida Chile, Centro do Rio. As duas companhias estão discutindo um amplo redesenho societário das suas operações conjuntas em exploração e produção no Brasil. O grupo norteamericano deverá sair da mesa de negociações com uma exposure bem maior no país. A Chevron pretende aumentar sua participação no consórcio que administra o campo de Papa Terra, na Bacia de Campos, comprando ações em poder da Petrobras. Sua fatia deverá passar de 37,5% para 50%. Em outro campo, o do Frade, também na Bacia de Campos, os norte-americanos querem aumentar seu naco no capital de 51,75% para 70% – o restante permaneceria nas mãos da estatal brasileira. A compra das ações da Petrobras nos dois consórcios vai girar em torno dos R$ 200 milhões. A Chevron também fez proposta à Petrobras para comprar 20% do bloco de Maromba, na Bacia de Campos. Com a transferência das ações, as duas empresas passarão a dividir, fifty to fifty, o controle do consórcio. As negociações passam também pela composição societária dos campos de Atlanta e Oliva, na Bacia de Santos. Com 20% de participação em cada um dos consórcios, a Chevron pretende esticar este índice para perto dos 40%. Neste caso, a costura é um pouco mais
complexa e não está circunscrita apenas aos vizinhos da Avenida Chile. Os norte-americanos terão que acertar os ponteiros com a Shell, que não apenas é acionista como também operadora dos dois blocos. O que está por baixo desta ampla rearrumação societária é a camada de pré-sal. A Petrobras vislumbra uma boa dose de oportunidade e conveniência no acordo com a Chevron. Aceita reduzir sua participação nos cinco blocos diante da expectativa de uma parceria ainda maior. As duas companhias vão formar um consórcio para a disputa dos blocos na área do pré-sal – há gestões para que Repsol e a própria Shell ingressem neste bonde petroleiro. O grupo
norte-americano, por sua vez, tem todo o interesse em se enroscar ainda mais com a Petrobras e aumentar sua escala no upstream. Após a venda da rede de postos Texaco, a área de exploração e produção tornou-se a linha de frente da Chevron no Brasil.
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