sexta-feira, 12 de junho de 2009

Os sete pecados capitais nos investimentos


1º PECADO CAPITAL NOS INVESTIMENTOS: Acreditar que você precisa prever o próximo passo do mercado para obter um excelente retomo.

Os investidores altamente bem-sucedidos não conseguem fazer previsões sobre o mercado melhor do que você e eu. Não acredite nisso apenas porque eu estou dizendo. Um mês antes da quebra do mercado de ações em outubro de 1987, George Soros apareceu na capa da revista Fortune declarando:
"A crescente valorização das ações [americanas], que superou de longe as
cotações básicas, não significa que elas deverão cair. Não é porque o mercado
está superavaliado que essa alta não seja sustentável. Se quiser saber
até que ponto as ações americanas poderão ser supervalorizadas, veja o
exemplo do Japão."

2º PECADO CAPITAL NOS INVESTIMENTOS: Acreditar em "guru": se eu não sou capaz de prever o mercado, há alguém em algum lugar capaz disso. Tudo o que preciso fazer é encontrar essa pessoa.

Se você realmente pudesse prever o futuro, espalharia seus prognósticos aos quatro cantos do planeta? Ou ficaria de boca fechada, abriria uma conta numa corretora de valores e ganharia montanhas de dinheiro?

3º PECADO CAPITAL NOS INVESTIMENTOS: Acreditar que é por meio de "informações
privilegiadas" que se consegue ganhar muito dinheiro.

Warren Buffett é o investidor mais rico do mundo. Sua fonte favorita de "dicas" de investimentos geralmente é obtida gratuitamente: relatórios anuais das empresas.
George Soros ganhou o título de "o homem que quebrou o Banco da Inglaterra" quando tomou uma bolada de dez bilhões de dólares emprestados por um dia, apostando contra a libra em 1992.
Mas não estava sozinho. Os sinais do iminente colapso da libra esterlina estavam claros para todos que fossem capazes de fazer a análise correta. Centenas, senão milhares, de outros operadores também ganharam muito dinheiro quando o preço da libra desabou. Mas somente Soros mergulhou de cabeça e embolsou dois bilhões de dólares de lucros.

4º PECADO CAPITAL NOS INVESTIMENTOS: Diversificar.

A incrível trajetória de Warren Buffett é conseqüência de sua habilidade de identificar um certo número de empresas formidáveis - e depois assumir posições majoritárias somente nessas organizações. De acordo com George Soros, o importante não é estar certo ou errado com relação ao mercado. O que importa é quanto dinheiro você ganha quando faz o negócio certo e quanto perde, caso erre feio. Soros e Buffett compartilham exatamente da mesma fonte de sucesso: um grande número de posições que produzem lucros astronômicos, maiores do que as perdas que teriam se diversificassem seus investimentos. A diversificação é exatamente o oposto: com participações minoritárias em diversas empresas, mesmo que uma delas gere lucros espetaculares, você não sentirá muita diferença em seu patrimônio total. Todos os investidores altamente bem-sucedidos dizem que os pássaros é que gostam de pular de galho em galho.

5º PECADO CAPITAL NOS INVESTIMENTOS: Acreditar que é necessário assumir
riscos muito altos para obter grandes lucros.
Como os empreendedores, os investidores de sucesso são extremamente avessos a riscos e fazem o possível para evitar negócios temerários e minimizar os prejuízos. Numa conferência sobre gestão há alguns anos, um acadêmico atrás do outro apresentou documentos sobre "a personalidade empreendedora". Suas opiniões não divergiam muito na maioria dos assuntos, com exceção do seguinte: os empreendedores têm alta tolerância aos riscos e, na verdade,
adoram o perigo.

6º PECADO CAPITAL NOS INVESTIMENTOS: Acreditar no "sistema": alguém, em algum lugar, desenvolveu um sistema - uma fórmula secreta que combina análises técnicas e fundamentais, negociações computadorizadas, triângulos de Gann e, quem sabe, astrologia - que garante a obtenção de lucros nos investimentos.

Esse pecado é conseqüência da crença no "guru". Se um investidor conseguir colocar as mãos no sistema de um guru, poderá ganhar tanto dinheiro quanto o guru afirma embolsar.

7º PECADO CAPITAL NOS INVESTIMENTOS: Acreditar que você sabe o que trará
o futuro - e ter certeza de que o mercado "inevitavelmente" Irá provar
que você está certo.
Esta convicção é um recurso comum entre as manias de investimento. Quase todo mundo concordou com Irving Fisher quando ele declarou que "as ações chegaram a um novo patamar permanentemente alto" poucas semanas antes da grande quebra da bolsa de valores de Nova
York, em 1929. Quando o ouro estava em alta nos anos 70, era fácil acreditar que a hiperinflação seria inevitável. Com os preços da Yahoo!, da Amazon.com, do eBay e de centenas de outras empresas "ponto.bomba" crescendo quase diariamente, era difícil argumentar contra o mantra "os lucros não importam" tão difundido em Wall Street nos anos 90. O sétimo pecado é um subproduto mais forte do primeiro pecado capital nos investimentos (você precisa prever o próximo passo do mercado) e traz conseqüências bem mais trágicas. O investidor que acredita que deve ser capaz de prever o futuro para ganhar dinheiro está à procura do método "correto" para fazer prognósticos. O investidor que cai na maldição do sétimo pecado capital nos investimentos pensa que já conhece as surpresas que o futuro trará. Desse modo, quando a mania chega ao fim, ele acaba perdendo a maior parte de seu capital, ficando, muitas vezes, somente com a roupa do corpo. De todos os sete pecados capitais aqui citados, entrar no mercado com uma convicção dogmática é a forma mais perigosa para a riqueza de qualquer
pessoa.

A oportunidade para o desenvolvimento de um mercado de capitais no Brasil

O Brasil vem passando por profundas transformações que, pela primeira vez, impõem a necessidade e, portanto, criam uma oportunidade para o florescimento de um mercado de capitais no país. Avança uma nova forma de organizar a produção, elevam-se a produtividade e a competição e, com isto, mudam as condições da oferta e demanda de produtos financeiros.

Do lado das empresas o novo paradigma produtivo impõe a necessidade de elevação de suas
bases de capital. A abertura as expõe a um mundo muito mais competitivo, no qual as necessidades de investimento são muito maiores e recorrentes. Além das necessidades de investimento impostas pelo novo paradigma, a estabilização e a retomada do crescimento da economia em geral também contribuem para a expansão das empresas que, sem os velhos mecanismos de financiamento, ficam mais receptíveis à abertura de capital. Com o fim da inflação, menores margens e o fim do crédito público subsidiado, as empresas brasileiras são obrigadas a procurar novas formas de obtenção de financiamento.

Dependentes de um mercado que até a pouco desprezavam, algumas empresas começam a
alterar sua mentalidade e postura. Já começam a surgir bons exemplos de empresas que com sucesso modificaram o tratamento dispensado ao mercado (governança) e tiveram retorno.
Reforçando este movimento, no novo paradigma surge um novo tipo de empresa, sem os vícios
das tradicionais, que já nasce olhando para o mercado de capitais como alternativa de financiamento e, conseqüentemente, se relacionando com este mercado de forma radicalmente diferente.

Do lado da demanda por papeis, vários processos indicam que não haverá obstáculos ao desenvolvimento do mercado, muito pelo contrário: 1) a inflação baixa permite mais transparência nos demonstrativos e facilita projeções; 2) a redução da demanda de recursos pelo governo sinaliza, pela primeira vez em muitos anos, o fim do crowding out permitindo uma queda das taxas de juros e, portanto, viabilizando a competitividade de aplicações no mercado de capitais; 3) a queda nas taxas de juros e a possibilidade da retomada do crescimento sustentado permitem a troca de parte das posições em renda fixa para variável, antecipando a inevitável alta no preço dos ativos reais que acompanha o processo de crescimento; 4) institucionalização da previdência complementar que, sem dúvida, significará uma grande ampliação do mercado de ativos financeiros; e 5) o processo de globalização e a abertura externa mudam radicalmente a dinâmica do mercado na medida em que grandes investidores demonstram crescente interesse em investir no Brasil.

Todos estes movimentos conformam um processo mais amplo. O tradicional preconceito em relação ao mercado de capitais no Brasil vem sendo substituído por uma visão mais moderna que valoriza sua importância como fonte de financiamento da economia e, conseqüentemente, vê no seu desenvolvimento condição sine qua non para a retomada do crescimento sustentado. Mais ainda, o fortalecimento do mercado de capitais é a forma mais eficiente de se evitar a desnacionalização da economia na medida em que permite o crescimento e a conseqüente valorização de nossas empresas.

A maior prova destes movimentos é a grande mudança que tem ocorrido na relação dos acionistas minoritários com as respectivas empresas. Nos últimos 6 meses vários casos de sucesso dos minoritários (Renner, Arno, Eternit, Bombril, Telesp) comprovam que as relações neste mercado têm evoluído. A compra de ações por grandes investidores está se tornando uma alternativa de estratégia de investimento que demanda acompanhamento e monitoração, contrariamente ao tradicional jogo especulativo baseado em manipulação e uso de informação privilegiada.

Causas da atrofia do mercado de capitais no Brasil

A fragilidade do mercado de capitais brasileiro não é recente. Nunca, na história do capitalismo
brasileiro, o mercado de capitais cumpriu um papel proeminente, alavancando recursos
para investimentos de alta intensidade de capital e longos prazos de maturação. Nem mesmo
após o PAEG que, reformulando toda a institucionalidade do sistema financeiro brasileiro entre
1964 e 1967, “teoricamente” criava as condições para o florescimento do mercado de capitais
no Brasil.

O mercado de capitais não se desenvolveu por falta de leis e instituições. Ele não se
desenvolveu porque em geral, graças ao fechamento da economia, os investimentos e,
consequentemente, as necessidades de financiamento das empresas eram limitadas e, portanto,
passíveis de serem atendidas pelos lucros retidos e créditos comerciais e oficiais.
Quando, em algumas situações específicas, como por exemplo nos anos do II PND, os
investimentos eram de maior vulto, as empresas tinham outras formas de financiamento
mais “fáceis” e baratas através de recursos governamentais subsidiados, principalmente
BNDES e fundos 157. Ou seja, o BNDES acabou contribuindo para dificultar o desenvolvimento
de um mercado de capitais na medida em que era (e ainda é) uma excelente alternativa
de recursos mais baratos.

Além da reduzida necessidade de recursos, as empresas não tinham interesse em abrir o
capital visto que a abertura implica perda de raios de manobra na gestão. A obrigatoriedade
de publicar balanços dificulta a utilização de mecanismos de informalidade na gestão das
empresas abertas (caixa dois) tornando-as, algumas vezes, menos competitivas que as empresas
fechadas. Mais ainda, a estrutura familiar das empresas brasileiras, referendada pelos
mecanismos de captação de recursos existentes, criou uma cultura “avessa” à abertura de
capital.

Completando o quadro, a lei das Sociedade Anônimas, ao influenciar a distribuição de
valor entre o investidor, o administrador e o controlador, maximizando o deste último, é o
que, junto com o crédito subsidiado, produzia empresários ricos, empresas com base de
capital pequena e desinteresse dos investidores.

Os fatores acima mencionados contribuíram decisivamente para a reprodução do dilema
“o ovo ou a galinha”: a falta de densidade no mercado de capitais era impeditiva à formação
da liquidez necessária e, em um verdadeiro ciclo vicioso, a falta de liquidez inviabilizava
o crescimento do mercado e, consequentemente, a sua densidade.

Com a crise dos anos 80 a fragilidade do mercado de capitais brasileiro acentuou-se na
medida em que a redução ainda maior nas taxas de investimento minou a exígua indução à
abertura de capitais existente e magnificou a dependência das empresas estatais. Embora
mais sofisticado pela introdução de mecanismos modernos como opções e futuros, o cenário
ficou propício ao surgimento de mega especuladores e à concentração das transações
em torno de poucas empresas com grandes quantidades de ações. Esta situação perdurou
até 1989, terminando com o fim abrupto das operações conhecidas como “D Zero”, que
levou à quebra de um dos maiores especuladores do mercado.

ANALISE TECNICA E FUNDAMENTAL

O que é Forex ?

Forex (Foreing Exchange) é o nome dado ao “acesso direto” ao negócios de moedas estrangeiras. Com uma média diária de $1.4 trilhões de dólares, isto mesmo, trilhões. Forex é 46 vezes maior que todos outros negócios juntos, e por esta razão, é o negocio mundial com maior liquidez.No passado, negociar forex estava limitado aos bancos e outras instituições de negocios. Mas em poucos anos, a inovação tecnológica e o desenvolvimento de negócios online e plataformas, permitiu pequenos investidores tirar vantagem do significante benefício de negocias moedas estrangeiras com forex.

Vendendo e Comprando

No forex, os preços são relacioados em Pares de moedas (EURO – DOLAR, DOLAR - YEN, etc), por exemplo, se você escolher comprar (buy) euro no par EURO – DOLAR (EURUSD), você deve esperar que o EURO suba de cotação em relação ao dólar para obter lucro, se acaso o Dólar subir em relação ao euro, você terá prejuízo, e vai precisar a cotação inverter para obter o lucro. Mas você pode comprar Dólar no par EURO – DOLAR (EURUSD), para isto basta vender euro neste par (Sell), então estará comprando dolar automaticamente, se vender EURO, é compra do outro par; se por exemplo estiver negociando com o par EURO JPY (euro yen ), e quiser comprar yen (jpy), deverá vender euro no par EURO JPY, e esperar que o yen suba em relação ao EURO, é assim que se faz lucro, após comprar você deverá esperar para realizar o lucro, paciência é fundamental.

Determine um planejamento de seus lucros

Planeje seu lucro sem emoção, considerando a perda, lembre-se que em forex, sucesso é ganhar mais que perder, perdas existirão, mas elas devem representar com sucesso 30% dos casos, e são normais. Nunca faça operação na duvida, no caso de duvida, espere e não faça nada.

Não seja emotivo

Dois pontos grande no negocio forex: Medo e temor. Não deixe o medo ou temor influenciar seus negócios. Negociar é um processo mecânico, e não emocional. Como disse o Dr. Alexander Elder em seu livro “Trading for A Living”, se você sentar ao lado de um negociador fórex de sucesso, e observar como ele negocia forex, você não vai perceber nunca quando ele ganha ou perde dinheiro, porque para ele é quase a mesma coisa, ele não esboça emoção ou excessos, e conserva emoção estável ! lembre-se ! nunca negocie sob forte emoção.

Comentários sobre análise técnica

Análise técnica é o meio pelo qual se tenta prever o destino do gráfico forex, ele não se move ao acaso e segue regras básicas que se forem entendidas, trazem lucro para o investidor, a regra mais simples são as repetições do ciclo, ou seja, um gráfico sobre até um preço, ele pode descer, no entanto mais tarde, 1 minuto, 1 hora, 1 semana ou 1 mês depois ele tende a voltar para o mesmo ponto, sempre em ciclos de repetição, nem sempre precisos, mas extremamente próximos.

"O G8 morreu", afirma Celso Amorim em Paris


O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou nesta sexta-feira que o G8, o grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo e mais a Rússia, "morreu". "O G8 morreu. Não representa mais nada", disse Amorim, após um evento no Instituto de Estudos Políticos de Paris. "Eu não sei como vai ser o enterro, às vezes o enterro ocorre lentamente."
"Hoje, por qualquer critério, economias como China, Brasil e Índia são economias importantes, que têm um efeito na economia mundial maior do que muitos outros que estão no G8", salientou.
"Essas economias (do G8) continuarão a ser importantes, mas elas não podem substituir a imprescindível presença de países como a China, o Brasil, a Índia, e mesmo a África também tem de ser representada."


Bric O ministro acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana que vem na primeira cúpula dos Bric - grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia e China - na cidade russa de Ecaterimburgo, nos montes Urais.


Segundo ele, os países estabelecerão uma coordenação econômica mas também tratarão de outros temas na agenda internacional.


Amorim argumentou que o mundo está "entrando em um período de 'governança variável'", no qual "países como China, Brasil e Índia têm de estar em todos os temas".
As principais discussões sobre o combate à crise econômica global têm ocorrido entre os países do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo. Em abril, Londres sediou uma reunião de cúpula do G20 para discutir a crise.


Um grupo de cinco países em desenvolvimento - Brasil, China, Índia, África do Sul e México -, também chamado de G5, participa há alguns anos como convidado de parte das reuniões anuais de cúpula do G8, mas pedem mais voz nas discussões.


Amorim reconheceu que pode haver "confusão" em relação aos diversos grupos de países formados atualmente, mas disse que o importante é que a profusão de grupos reflita uma ordem mundial mais plural e equitativa.


"Hoje tem o G8 + 5, que talvez se transforme no G8 + 6, de repente se transforma em G8 +12 e vira outro G20... o fato é que quando falamos G8 mais outros países, se fala de um grupo de países que são um núcleo e um grupo de países convidados. Eu acho que isso também é algo que tem de ser superado", opinou.


Para o ministro, ao reunir tanto as principais economias avançadas quanto as emergentes, o G20 "é um modelo melhor."


Amorim falou à imprensa após um evento no Instituto de Estudos Políticos de Paris, que comemorou os dez anos do Mercosul e que contou também com a presença do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.

Black Rock compra divisão do banco Barclays por US$ 13,5 bilhões

A empresa de investimentos BlackRock anunciou a compra da Barclays Global Investors, divisão do banco britânico Barclays, criando a maior gestora de recursos do mundo, em um acordo de US$ 13,5 bilhões que fortalece o capital do Barclays.

O negócio em dinheiro e ações deixará o Barclays com uma participação de 19,9% e com dois lugares no conselho do novo grupo, batizado de BlackRock Global Investors.

O Barclays, segundo maior banco da Inglaterra, disse que o ganho líquido de US$ 8,8 bilhões na operação será usado para melhorar sua estrutura de capital.

A BlackRock está pagando US$ 6,6 bilhões em dinheiro e o restante em ações. Para ajudar a financiar a parte em dinheiro, a empresa está levantando US$ 2,8 bilhões por meio da venda de 19,9 milhões de ações a um grupo não revelado de investidores institucionais, que segundo fontes devem incluir fundos soberanos do Oriente Médio.

A Barclays Global Investors administra US$ 1,5 trilhão em fundos, cifra que será somada aos ativos de US$ 2,8 trilhões sob gestão da BlackRock, deixando a empresa com o dobro do dinheiro administrado de sua rival mais próxima, a State Street.

Standard & Poor's reduz nota da Petrobras, mas mantém grau de investimento

A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu nesta quarta-feira o rating da Petrobras de "BBB" para "BBB-", o que a mantém na faixa do grau de investimento.

O relatório da agência aponta para indicadores financeiros apertados no médio prazo, "visto que consideramos o expressivo montante de investimentos da empresa para os próximos cinco anos e incorporamos nossas estimativas de longo prazo para os preços do petróleo no mercado internacional, e a queda nos preços do diesel e da gasolina no mercado interno".

"O alto volume de US$ 174,4 bilhões a ser investido nestes cinco anos, em um cenário de preços mais baixos para o petróleo nos mercados internacional e doméstico no longo prazo, deverá resultar em um fluxo de caixa operacional livre negativo bastante elevado durante este período, demandando grandes esforços de financiamento", disse a agência em relatório.

"Nossas projeções indicam que se a Petrobras implementar suas metas de investimentos de acordo com o cronograma divulgado, poderemos esperar índices mais fracos de proteção do fluxo de caixa, como geração interna de caixa sobre dívida total em torno de 25% até 2011 em relação ao patamar atual de 60%", acrescentou a S&P.

A agência ressaltou, no entanto, que vê "como favoráveis as perspectivas de negócios da Petrobras". "Os investimentos da empresa resultam em sua maior parte das excelentes perspectivas de produção de sua atual carteira de projetos e também das descobertas de petróleo na camada pré-sal".

Comércio elogia corte de juros e defende crédito mais barato

As entidades que representam o comércio no Rio e em São Paulo elogiaram a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para 9,25% ao ano. elas defenderam também a expansão e o barateamento do crédito ao consumidor.

A Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo) afirmou que a redução está no caminho certo. Para a entidade, o governo deve atuar agora em duas linhas de frente: continuar baixando a taxa Selic e criar oportunidades para que os juros para o consumidor também baixem.
"A Federação acredita que existe muito espaço para reduzir o 'spread' e consequentemente os juros ao consumidor final, que no primeiro trimestre deste ano estava em média para pessoa jurídica 30% e para pessoa física 53%, sendo que o 'spread' corresponde a cerca de 70% dessas taxas", afirmou.

"Há espaço para uma redução de pelo menos 25% no spread cobrado atualmente, bastante factível de se conseguir, se houver empenho conjunto de bancos e governo. O compulsório poderia ser reduzido bem como os impostos incidentes sobre as operações financeiras. Do lado dos bancos, há condições para aliviar os custos administrativos e a taxa de risco projetada em ambiente de crise que, no momento, poderia ser revista", afirmou Abram Szajman, presidente da Fecomercio.

O presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, afirmou que a decisão fortalece a luta do empresariado pela redução do custo do crédito.

"O consumo tem sido o amortecedor dos efeitos negativos da crise internacional. Com esta decisão, o Banco Central fortalece a luta das empresas pela redução do custo do crédito e contribui para os investimentos necessários ao aproveitamento desse potencial", afirmou.
"De acordo com dados obtidos pelo site Qualicred, da Fecomércio-RJ, os juros médios para capital de giro dos cinco maiores bancos do país no final de maio era cerca de 29% ao ano, o que representa um valor três vezes maior que a taxa básica anual", complementou.
Já Alencar Burti, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), afirmou que "como de costume, o Banco Central tem dado demonstrações de grande responsabilidade e acerto em suas decisões."

"A decisão do Copom superou as expectativas do mercado e vai forçar uma redução das taxas de juros para todos os segmentos da economia", disse ainda.

Para o presidente da ACSP, é preciso agora que o governo e o sistema financeiro estudem formas de reduzir os "spreads" bancários no país. "E um dos instrumentos mais importantes agora seria a aprovação do cadastro positivo, que ajudaria a reduzir substancialmente os spreads e melhorar a oferta de crédito para empresas e consumidores", afirmou Alencar Burti.

Vale faz acordo e reduz preço do minério de ferro na Ásia

A Vale anunciou nesta quarta-feira (10) que fechou acordo com as siderúrgicas do Japão e da Coréia do Sul para redução de preços de referência do minério de ferro produzido pela empresa.

A Vale, maior produtora da commodity no mundo, acertou queda de 28,8% no preço do minério de ferro fino e de 44,47% no preço do granulado. O preço de pelotas de alto forno caiu 48,3% em relação ao praticado em 2008.

O acordo foi acertado com japonesa Nippon Steel e a sul-coreana Posco e também com as siderúrgicas do Japão Sumitomo Metal Industries, Kobe Steel e Nisshin Steel.

Com isso, os novos preços de referência para 2009, em tonelada métrica seca, são de US$ 0,8543 por unidade de ferro para o minério de ferro fino do Sistema Sudeste, US$ 0,8987 para o fino de Carajás (SFCJ), US$ 0,9942 para o granulado do Sistema Sudeste e 1,0094 dólar para o granulado do Sistema Sul, informa a Vale. O preço da pelota, também em tonelada métrica seca, passou a US$ 1,1043.

Os primeiros acordos de preços de minério de ferro deste ano com siderúrgicas japonesas e sul-coreanas foram acertados pela mineradora australiana Rio Tinto, de reduções de cerca de 33%.

Mais cedo, a publicação chinesa Beijing News, informou que a Vale fechou acordos de fornecimento de minério com 38 pequenas siderúrgicas da China, para volume de mais de 50 milhões de toneladas este ano.

Brasil emprestará US$ 10 bi ao FMI e passará a ser credor da instituição

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (10) que o Brasil emprestará US$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e, com isso, passará a ser credor da instituição de crédito internacional pela primeira vez. Os financiamentos ao FMI serão feitos por meio da compra de bônus (uma forma de título) do Fundo, informou Mantega.

(A primeira versão desta reportagem informava que o Brasil não era credor do FMI desde 1982, informação passada pelo próprio ministro Guido Mantega em abril deste ano. O Ministério da Fazenda esclareceu nesta quarta que essa é, na realidade, a primeira vez que o Brasil está emprestando recursos ao FMI. Antes de 1982, o país figurava na lista de possíveis credores, mas não tinha desembolsado recursos ao Fundo).

Ajuda à comunidade internacional
De acordo com Mantega, os recursos serão emprestados pelo FMI a outros países em desenvolvimento com "escassez de capital". "É a primeira vez que isso acontece no caso brasileiro. O Brasil está encontrando as condições de solidez para emprestar recursos ao FMI. No passado, era o contrário: o FMI que socorria o Brasil quando era um país menos sólido. Agora, o Brasil acumulou as reservas para ajudar a comunidade internacional", disse o ministro.

Aplicação das reservas
Segundo o ministro da Fazenda, a operação será realizada assim que o FMI concluir o formato de emissão dos novos bônus que serão emitidos. "Assim que o FMI terminar essses bônus, faremos esse aporte de US$ 10 bilhões. Na realidade, é uma aplicação que o Brasil está fazendo com parte das reservas", disse Mantega. De acordo com ele, as aplicações no FMI não terão impacto nas reservas internacionais, que continuarão sendo contabilizados como uma "disponbilidade de recursos".

Rendimento
Mantega não informou qual o rendimento que o Fundo Monetário Internacional oferecerá pelos bônus. "Não vamos esperar um grande rendimento, se não o FMI teria de repassar a um custo mais elevado aos países que precisam", disse o ministro. Segundo ele, o Banco Central efetuará o resgate de parte das aplicações das reservas internacionais (que estão acima de US$ 200 bilhões aplicadas em títulos de outros países) para fazer o aporte ao FMI.

Mobilização de recursos
O Ministério da Fazenda informou que a contribuição do governo brasileiro para o FMI faz parte de um "esforço" para a mobilização de recursos para o FMI atender a outros países em dificuldades. Além do Brasil, a China comprará US$ 50 bilhões neste tipo de novo bônus, e a Rússia outros US$ 10 bilhões. A necessidade de captação de recursos por parte do FMI, de acordo com o Ministério da Fazenda, é de US$ 500 bilhões. em relação aos níveis anteiores à crise financeira. O governo lembra que essa foi uma das concordâncias da cúpula do G-20 de Londres, realizada no início de abril.

VisaNet quer levantar até R$ 9,7 bilhões com abertura de capital

A VisaNet, maior processadora de cartões de crédito do país, pretende levantar até R$ 9,7 bilhões com sua abertura de capital na Bolsa de Valores, prevista para este mês.
Se confirmada, será a maior operação já feita no país e a primeira após a quebra do banco Lehman Brothers, em meados de setembro. Até então, o maior IPO (oferta pública inicial de ações) foi da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, que levantou R$ 6,7 bilhões na Bolsa.
No ano passado, a VisaNet teve de abortar sua ideia de abrir o capital por conta da crise. A empresa deu entrada formal no processo na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) no dia 1º de setembro de 2008. Após 64 aberturas de capital em 2007, a Bovespa só teve 4 operações no ano passado.

Administradora de cartões da bandeira Visa no país, a VisaNet comunicou ontem a faixa de preço de R$ 12 a R$ 15, em que pretende vender seus papéis. A empresa tem como acionistas o Bradesco (40% do capital), o Banco do Brasil (32%) e o Santander (15%).

Estrangeiros
A expectativa é que os investidores estrangeiros fiquem com até 80% da oferta. Segundo a empresa, a captação mínima será de R$ 5,732 bilhões. Sem a oferta suplementar de ações, a empresa deverá levantar até R$ 7,2 bilhões.

A previsão é que os papéis da VisaNet comecem a ser negociados no Novo Mercado da BM&F Bovespa no dia 29. Pelo cronograma, o período de reserva vai de 17 a 24 deste mês, sendo que o preço será fixado no dia 25.

Segundo a empresa, os investidores pessoa física deverão ficar com entre 10% e 20% das ações, sendo que o investimento mínimo será de R$ 3.000, e o máximo, de R$ 300 mil. A VisaNet reservou ainda 5% dos papéis para seus funcionários.

Agência de energia aponta alta do consumo de petróleo

A IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês) revisou levemente para cima sua previsão de consumo mundial de petróleo para este ano, devido a uma maior demanda das petroquímicas, mas afirmou que pode ser um movimento pontual e que ainda não há evidências de recuperação.

Em seu relatório mensal publicado nesta quinta-feira, a IEA atribuiu a recente alta do preço do barril de petróleo essencialmente à percepção nos mercados de que há sinais de uma recuperação da economia mundial, mas também considerou a ocorrência de movimentos especulativos.

A conclusão deriva de que a escalada de mais de 20% do preço do barril entre maio e o início de junho, até superar a barreira dos US$ 70, "parece difícil de justificar só" pelos fatores do mercado.

A agência, que reúne os principais países consumidores de energia que pertencem à OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), calcula que a demanda mundial de petróleo será este ano de 83,3 milhões de barris diários, uma queda de 2,9% a respeito de 2008, mas também 120 mil barris a mais do que estimava há um mês.
Essa correção para cima se deve às novas perspectivas de consumo nos 30 países da OCDE, que, de acordo com os dados da agência, absorverão 45,2 milhões de barris diários em 2009, o que, em qualquer caso, representa uma queda de 4,9% a respeito do ano anterior.

Os autores do estudo justificaram esses 120 mil barris suplementares basicamente com uma demanda superior à antecipada na atividade petroquímica, e alertaram que isso pode ser devido apenas a que esta indústria procedeu um aumento de suas reservas. Ele enfatizaram, no entanto, que nos países desenvolvidos o consumo de combustíveis para o transporte "continua sendo muito fraco", o que sugere que, nesses setores, não há sinais de inflexão.

No resto do mundo, apesar de os dados de abril indicarem uma pequena alta da demanda na África e na Ásia, esse efeito foi cancelado pela queda no Oriente Médio.

Sobre a produção mundial, em maio, voltou a cair em 220 mil barris diários, para 83,7 milhões --3,2 milhões a menos que um ano antes--, e considerando que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumentou sua contribuição em 160 mil barris diários.

A IEA revisou para cima as estimativas sobre contribuição dos países de fora da Opep, em 170 mil barris, para 50,5 milhões de barris diários este ano --100 mil a menos que em 2008--, por um aumento das expectativas do petróleo que chegará de novos poços na Rússia, da Colômbia, e por uma queda menos pronunciada nas plataformas do Mar do Norte.

Os responsáveis do relatório preveem que a demanda dirigida ao cartel petrolífero, após ter diminuído até 27,3 milhões de barris diários no segundo trimestre, subirá a 27,9 milhões no terceiro, antes de moderar para 27,4 milhões no quarto trimestre.

As reservas industriais de petróleo nos países da OCDE aumentaram em 10,4 milhões de barris em abril, para 2,753 bilhões de barris, 7,5% a mais que as existentes na mesma data do ano passado, e cobriam 62 dias de consumo. Além disso, os dados preliminares de maio indicam um novo aumento de 30,5 milhões.

A IEA afirmou que uma alta do preço do petróleo, se for sintomática de uma recuperação econômica gradual, "em si mesmo não é ruim", já que permite investir mais dinheiro na prospecção de novos poços.

Mas, ao mesmo tempo, advertiu contra a ideia de manter um novo preço ideal, já evocada pela Opep, porque 'um consenso arbitrário e inflexível' pode afetar a própria recuperação.

Brasil terá centro para álcool de celulose

O Brasil deve iniciar neste ano um esforço para não perder a corrida dos biocombustíveis do futuro. Em setembro, começa a funcionar em Campinas (interior paulista) o Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, um instituto dedicado a pesquisar formas de obter o máximo de energia da celulose das plantas.

A corrida pelo álcool de segunda geração vem sendo liderada pelos EUA, que investem maciçamente nessa linha de pesquisa. O objetivo é tornar o álcool de celulose comercialmente viável num prazo curto --menos de dez anos.

Isso permitirá transformar em combustível matérias-primas que hoje vão para o lixo, como a palha de cana, ou, no caso americano, um capim chamado "switchgrass" e também a palha do milho.

O investimento inicial do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) no projeto brasileiro é de R$ 69 milhões. Para comparação, os Estados Unidos vão investir US$ 1 bilhão em nove refinarias do tipo, entre 2008 e 2013.

Para 2010 em diante, ano de mudança dos governos federal e estadual, não existe um orçamento definido. Não é a primeira vez que que se anuncia um centro nestes moldes no Brasil.
O Brasil hoje, como os demais países, usa comercialmente a chamada tecnologia de primeira geração de etanol. A sacarose da cana é fermentada para então dar forma ao álcool.
Daqui em diante, entretanto, cientistas e empresas pensam no desenvolvimento da chamada segunda geração.

Seu desenvolvimento envolve quebrar a parede celular da cana-de-açúcar, composta de celulose e potencialmente rica em energia. O problema é que a celulose não fermenta, e sua quebra precisa ser feita por meio de enzimas ou solventes. Até hoje não se conseguiu fazer isso em escala comercial, mas o prêmio para quem conseguir é grande.
"Pelos nossos cálculos, é possível ter um ganho de produção na mesma área plantada de cana da ordem de 40%", afirma o botânico Marcos Buckeridge, da USP, recém-escolhido diretor científico do CTBE.

O grande ícone do novo centro, entretanto, deve começar a ser testado em janeiro. "Teremos uma planta piloto totalmente voltada para a segunda geração", diz Buckeridge.
O time de cientistas do CTBE terá 42 pessoas. Parte do grupo terá o desafio de quebrar a parede celular sem o uso de solventes caros e sem a produção colateral de muitos resíduos.
Em três ou quatro anos, calcula Buckeridge, esse campo de pesquisa deve começar a render frutos. Resta saber se no Brasil, nos EUA ou na Europa.

Varejo suspende compra de carne de áreas desmatadas na Amazônia

Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart suspenderam a compra de carnes de 11 frigoríficos apontados pelo MPF (Ministério Público Federal) do Pará como comercializadores de gado criado em área de devastação da Amazônia. Segundo reportagem de Cristiane Barbieri na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal), entre os suspeitos estão alguns dos maiores frigoríficos do país, como Bertin e Minerva.

Os supermercados resolveram tomar a atitude em conjunto, após a denúncia do Ministério Público Federal e da ONG Greenpeace. Segundo as redes varejistas, a iniciativa inclui a notificação dos frigoríficos, a suspensão de compras das fazendas denunciadas e exigências de guias de trânsito animal anexadas às notas fiscais dos frigoríficos.

Estão ainda na lista das notificações do MPF processadores de alimentos, como Sadia e Perdigão, e fabricantes de calçados, como a Vulcabras.

No início do mês, a Promotoria ajuizou 21 ações civis públicas pedindo indenização de R$ 2,1 bilhões de pecuaristas e frigoríficos que comercializaram animais criados em fazendas desmatadas ilegalmente. Após isso, foram enviadas notificações a 69 empresas que compram insumos dessas áreas da região amazônica.

Americanos perdem US$ 1 trilhão no 1º tri

Os americanos ficaram US$ 1,33 trilhão mais pobres no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados divulgados ontem pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). O valor equivale a cerca de um décimo de tudo o que os EUA produzem em um ano.

O patrimônio dos americanos somou US$ 50,4 trilhões de janeiro a março. O resultado representa uma queda de 2,6% em relação ao final do ano passado e é também o patamar mais baixo desde o quarto trimestre de 2004. O patrimônio representa a diferença entre o valor dos ativos e dos compromissos financeiros das famílias, como hipotecas e dívidas de cartões de crédito.

O empobrecimento dos americanos neste começo de ano está diretamente relacionado à piora do mercado de ações e do mercado imobiliário, consideradas as duas principais formas de poupança das famílias nos Estados Unidos.

De janeiro a março, os preços das ações caíram 5,8% em relação ao quarto trimestre do ano passado. Já o preço dos imóveis caiu 2,4% no período.

Apesar do resultado negativo, os dados mostram que o ritmo de deterioração do patrimônio já foi mais acentuado. No quarto trimestre do ano passado, a queda chegou a 8,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Outro fator de destaque no relatório do Fed é a queda, pelo segundo trimestre consecutivo, do total de compromissos financeiros. De janeiro a março, eles somaram US$ 14,1 trilhões, 0,8% menores do que no final do ano passado.

Dívidas
Os dados indicam que os consumidores estão menos propensos a contrair dívidas em cenário de crise. As dívidas com hipotecas tiveram crescimento zero no primeiro trimestre.
"Ainda não está claro se as pessoas estão priorizando o pagamento de dívidas ou se estão sendo obrigadas a isso por conta das medidas tomadas pelos credores", afirmou à Folha Christopher Low, economista-chefe da FTN Financial.

Diante da perspectiva de aumento do desemprego nos próximos meses e de empobrecimento com a queda no patrimônio, a capacidade de recuperação do consumo é apontada como fator determinante para definir os rumos da economia americana.

"A recuperação ainda está em marcha, mas ela não pode depender apenas do governo. O governo não pode segurar a economia para sempre. Temos de torcer para que os consumidores consigam quitar dívidas e voltar a consumir para impulsionar a economia", afirma o economista da FTN.

Segundo o presidente do Fed, Ben Bernanke, caso os consumidores continuem a comprar, ainda que em ritmo mais brando, a recessão provavelmente acabará neste ano. Caso eles cortem gastos de forma mais expressiva, a recuperação pode demorar mais a chegar. Os gastos dos consumidores representam cerca de 70% da economia americana.

Recuperação
Alguns indicadores econômicos divulgados ontem apontam sinais de recuperação. As vendas no varejo cresceram 0,5% em maio, após três meses de queda, de acordo com o Departamento de Comércio.

O resultado foi impulsionado pelas vendas de gasolina e de materiais de construção. As vendas do combustível registraram alta de 3,6% em maio, e as de material de construção subiram 1,3%, o maior ganho desde abril do ano passado.

Economistas ainda avaliam os resultados com cautela por conta da influência do aumento dos preços da gasolina nos resultados.

No mercado de trabalho, houve queda no número de pedidos de seguro-desemprego. O total de novos pedidos caiu em 24 mil e ficou em 601 mil na semana encerrada no dia 6 de junho, o menor patamar desde o final de janeiro.

Pão de Açúcar quer criar mais 2 empresas

Além da incorporação do Ponto Frio, cuja aquisição foi anunciada na segunda-feira, o grupo Pão de Açúcar vive uma série de mudanças estruturais, com o objetivo de dobrar de tamanho em quatro anos e atingir R$ 40 bilhões de receita bruta até 2012. Entre elas, está a criação de uma empresa que abrigará os ativos imobiliários do grupo e a possibilidade do surgimento de outra companhia para comércio eletrônico.

O GPA Malls & Properties, a área imobiliária, começa a funcionar no próximo mês como uma estrutura independente do varejo. A nova empresa terá patrimônio líquido superior a R$ 2 bilhões, mais de cem imóveis próprios e, apenas com aluguel de 3.500 lojas nos hipermercados, receita anual de R$ 70 milhões.

O potencial de geração de caixa, no entanto, é muito maior, uma vez que deverão ser cobrados de aluguel 2% sobre o faturamento de cada loja que pertença ao próprio grupo. Também há projetos como novos prédios em terrenos que hoje abrigam lojas.

"O desempenho da área de varejo poderá ser acompanhado de maneira mais clara", diz Caio Mattar, vice-presidente.

Segundo Mattar, existe a hipótese de a empresa, futuramente, vir a ganhar vida própria e ter seu capital aberto na Bolsa. "As fontes de financiamento para a área imobiliária são mais viáveis do que para o varejo", diz Mattar.

Outra área que pode seguir o mesmo caminho é a de comércio eletrônico. Ponto Frio.com e Extra.com deverão, somados, faturar R$ 1 bilhão em 2009. Apesar de Claudio Galeazzi, presidente do grupo, ressaltar que uma nova empresa ainda está no âmbito das ideias, Mattar diz que está sendo feito um profundo estudo sobre a B2W.

Para este ano, a rede espera crescer 10%, superando R$ 23 bilhões em vendas brutas. Com o Ponto Frio e sua expectativa de alta nas vendas, o valor deve chegar a R$ 28,5 bilhões.

GM confirma venda da marca Hummer a empresa chinesa


A General Motors confirmou que chegou a um acordo provisório com a empresa chinesa Sichuan Tengzhong Heavy Industrial Machinery para a venda da marca de carros Hummer.
Em comunicado, a General Motors disse que segundo o acordo, a Tengzhong "comprará os direitos" da marca Hummer e "assumirá os acordos existentes" sobre a rede de concessionárias da marca.


A empresa também disse que como parte do acordo, o novo proprietário contratará a GM para a montagem e fornecimento de autopeças.


A Sichuan Tenghong Heavy Industrial Machinery é uma empresa que se dedica à produção de equipamentos para a construção de estradas.


Caso confirmada a operação --o que deve acontecer no terceiro trimestre--, seria a primeira vez que uma empresa chinesa adquire uma marca de automóveis americana.


A General Motors disse anteriormente que o acordo permitirá salvar três mil postos de trabalho nos EUA e que o comprador, que se comprometeu a manter a base da Hummer no país, "financiará de forma agressiva futuros programas de produtos" da marca proprietário.


E para a GM, esta venda contínua acelerando sua reinvenção como uma empresa mais reduzida, mais concentrada e com custos mais competitivos", afirmou Troy Clarke, presidente da GM na América do Norte, em comunicado.


Já Yang Yi, executivo-chefe da Tengzhong, disse que "a marca Hummer é sinônimo de aventura, liberdade e euforia". "Planejamos seguir essa tradição ao investir na empresa, o que permitirá a Hummer inovar e crescer em novas formas", comentou.

China quer cooperação com EUA para "restaurar economia mundial"

China e Estados Unidos são dois países com grande influência no mundo e têm a responsabilidade de promover a estabilização da economia mundial, disse o presidente chinês, Hu Jintao, durante a reunião em Pequim com o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner.

"Devemos trabalhar nos pontos mais importantes nacionais e internacionais e manter a paz e a segurança do mundo", assinalou o líder chinês durante o encontro, do qual também participou o primeiro-ministro, Wen Jiabao.

Sobre o Diálogo Estratégico e Econômico China-EUA que deve acontecer no final de julho em Washington, Hu disse que "se trata de uma importante plataforma para aprofundar no conhecimento, confiança e cooperação bilateral".

O presidente assegurou que a "China quer trabalhar junto aos EUA para desenvolver um diálogo em diferentes níveis e ampliar a troca e cooperação em todos os setores, a fim de promover a relação entre os dois países nesta nova era de avanços".

Este mecanismo foi estipulado durante a reunião entre os presidentes Hu Jintao e Barack Obama em abril, e será presidido pelo conselheiro de Estado chinês Dai Bingguo e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"Desejamos que as duas partes cooperem estreitamente para que o diálogo seja um êxito, e de agora em diante melhoraremos este sistema para contribuir com o desenvolvimento de nossas relações", destacou o líder chinês.

Geithner agradeceu a Hu pelos "esforços do governo chinês e do presidente Obama para estreitar as relações, e veremos rápidas mostras de estabilização e recuperação da economia global".

China perde posto de custo de produção mais barato do mundo, diz pesquisa

A China perdeu para Índia e México o posto de país mais barato do mundo para a produção de componentes industriais, revela um estudo elaborado pela empresa de consultoria AlixPartners.

A pesquisa representa um novo golpe ao gigante asiático que luta contra a crise financeira internacional.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos reduziram consideravelmente a diferença e agora o custo de produção na China é apenas 6% inferior aos custos das fábricas americanas, segundo o estudo.
"Ficaram para trás os dias em que as companhias podiam economizar até 30% ou mais produzindo sem valor agregado, transferindo suas produções para a China en particular", afirma Stephen Maurer, diretor da consultoria.

O estudo compila um índice de custos de produção analisando uma cesta de componentes manufaturados e montados, desde pequenos motores até moldes.

A empresa compara custos de produção na China, Índia, Brasil e México em comparação com os Estados Unidos, verificando fatores por um período de até três anos como o custo trabalhista, taxa de câmbio, transporte e custo de materiais.

O índice destaca um aumento nos custos nos últimos seis meses que abalaram a posição da China no ranking.

A consultoria prevê que os custos na China devem melhorar no segundo semestre de 2009, levando em consideração os preços do petróleo cada vez mais moderados, o que reduzirá os custos do transporte marítimo. No entanto, considera pouco provável que China recupere terreno ainda neste ano frente a Índia e México.

Ao mesmo tempo, as empresas americanas são cada vez mais competitivas, mas seus custos continuam sendo maiores que os da maioria dos países estudados.

Exportações da China caem 26,4% em Maio

A queda das exportações, principal consequência da crise na China, continuou em maio pelo sétimo mês consecutivo e foi de 26,4%, 3,2 pontos a mais que em abril, informou nesta quinta-feira a Administração Geral de Alfândegas da China, através da agência Xinhua.
As vendas ao exterior, motor da economia chinesa, foram no quinto mês do ano de US$ 88,758 bilhões, número inferior aos US$ 91,94 bilhões registrados em abril, destacou o órgão do governo, em comunicado.

Já as importações caíram 25,2% no período, para US$ 75,36 bilhões.
Os dois números juntos representam uma queda de 25,9% no comércio exterior da China, para US$ 164,13 bilhões.

Os números acumuladas dos primeiros meses deste ano indicam uma queda de 21,8% nas exportações e de 28% nas importações.

Na segunda-feira (8) o governo chinês anunciou uma redução de impostos sobre mais de 600 produtos para exportação, para ajudar suas empresas. Desde o dia 1º deste mês, produtos como sapatos, brinquedos e móveis ganharão isenções fiscais entre 5% e 17%, anunciou o Ministério das Finanças em um comunicado.

Alguns, como máquinas de costura e aparelhos de ar condicionado, foram contemplados com a redução máxima, de 17%. Outros, como brinquedos, móveis e sucos, tiveram redução de 15%, segundo o texto, que não informa quais eram as taxas originais.
O sistema permitirá às empresas recuperar uma parte ou a totalidade do imposto cobrado sobre valor agregado, que pode chegar a 17% na China.

No mês passado foram anunciadas novas medidas de apoio ao setor exportador; em reunião presidida pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, o governo fixou para 2009 uma meta de US$ 84 bilhões de garantias em créditos para as exportações e de US$ 10 bilhões para créditos à exportação.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Morgan Stanley melhora recomendações de Usiminas e Gerdau

O banco de investimentos Morgan Stanley melhorou recomendações sobre as siderúrgicas brasileiras Usiminas e Gerdau, citando que o mercado latino-americano de aço atingiu o fundo do poço neste primeiro semestre e que já traça recuperação.

O banco elevou recomendação sobre as ações da Usiminas de "underweight", abaixo da média do mercado, para "overweight", acima da média. Já a Gerdau passou de underweight para "equal weight", dentro da média. Os preços-alvos também foram melhorados. Usiminas passou de R$ 28 para R$ 46, enquanto a Gerdau foi de R$ 12 para R$ 23.

O preço-alvo da CSN foi ampliado, de R$ 33 para R$ 47, mas a recomendação do banco sobre a empresa permaneceu em underweight. "A Usiminas tem uma maior exposição ao Brasil e se beneficia de uma retomada antecipada na demanda por aço no País", afirma o Morgan em relatório. "A nota de equal weight para a Gerdau reflete preocupações menores sobre os altos níveis de dívida da empresa, diante de um real mais forte, e em nossa crença de que os mercados desenvolvidos (principalmente os Estados Unidos) vão acompanhar a recuperação vista em mercados emergentes como China e América Latina."

terça-feira, 9 de junho de 2009

Bancos voltam ao foco

... As especulações em torno de uma possível elevação do juro pelo FED ainda neste ano
continuaram dominando os negócios em NY, nesta segunda-feira. Os futuros de FED
FUNDS de dezembro embutem 100% de chance de uma alta da taxa básica para 0,50%,
atualmente o juro está numa faixa entre zero e 0,25%, enquanto os contratos de fevereiro
mostram 100% de probabilidade de mais uma elevação no começo de 2009, para 0,75%.

... Essa expectativa manteve aquecida a demanda por TREASURIES de dois e dez anos,
cujas taxas seguiram pressionadas. No fechamento, a NOTE de dez anos projetava
rendimento de 3,897%, de 3,826% na sexta-feira, enquanto o juro da NOTE de dois anos
estava em 1,430%, também acima dos 1,328% na sexta-feira, após o PAYROLL.

... Mesmo sem novos dados que reforçassem a possibilidade de alta do juro, investidores
ainda não largaram essa aposta, em meio a vários sinais recentes da recuperação
econômica dos EUA... Para o economista Paul KRUGMAN, a economia norte-americana,
provavelmente, sairá da recessão até setembro. "As coisas parecem estar piorando de
forma mais lenta. Há motivos para acreditar que estamos nos estabilizando", disse ele em
uma palestra na London School of Economics, nesta segunda-feira.


... Também para o presidente do FED NY, William DUDLEY, em entrevista à agência DJ,
a alta no rendimento dos TREASURIES demonstra uma crescente confiança nas
perspectivas econômicas, mais do que o nervosismo com um eventual retorno da inflação.

... O DÓLAR se beneficiou da possibilidade de aperto monetário nos EUA e voltou a subir
frente ao EURO, que caiu mais 0,43%, para US$ 1,3903. Frente ao IENE, a moeda
americana caiu 0,38%, para 98,42 ienes. Já a LIBRA conseguiu recuperar algum terreno,
após a forte queda dos últimos pregões, subindo 0,53%, para US$ 1,6057 - embora a
situação política no Reino Unido tenha complicado, após o Partido Trabalhista do premiê
GORDON Brown ter ficado em terceiro lugar nas eleições do Parlamento Europeu.

... A valorização do dólar voltou a pesar para as commodities, derrubando os contratos de
PETRÓLEO e a maioria dos METAIS. O WTI para julho caiu 0,51%, para US$ 68,09 o
barril, em NY. Em Londres, o BRENT para julho recuou 0,70%, para US$ 67,88.. Na LME,
o ALUMÍNIO foi na contramão e disparou com compras de fundos, atingindo o seu maior
nível desde janeiro, e ajudando a segurar a queda de outros metais. O alumínio para três
meses subiu US$ 47,00 (3%) e fechou a US$ 1.619,00 por tonelada. O COBRE para três
meses caiu US$ 5, para US$ 4.975, e o NÍQUEL recuou US$ 300, para US$ 14.300.

... As BOLSAS, do mesmo modo, continuaram relegadas a segundo plano com os ajustes
nos TREASURIES. Durante a maior parte do pregão operaram em queda com ações de
tecnologia e commodities, mas foram ajudadas perto do fechamento por um forte
movimento de compras no setor financeiro, com a notícia de que o governo permitirá que
nove bancos quitem os recursos recebidos no TARP no momento mais agudo da crise,
entre os quais, o JPMORGAN (+2,43%). Assim, o DOW Jones zerou as perdas (+0,02%),
aos 8.764,49 pontos. Mas NASDAQ (-0,38%, 1.842,40) e S&P-500 (-0,10%, 939,14) não.

... Os mercados já estavam fechados quando a TEXAS Instruments elevou a sua previsão
de lucro para o segundo trimestre, o que impulsionou as ações no AFTER HOURS. A
empresa prevê, agora, um lucro de US$ 0,14 a US$ 0,22 por ação, sobre uma receita de
US$ 2,3 bilhões a US$ 2,5 bilhões. Essa boa notícia pode ajudar o setor de tecnologia.

Petrobras investirá US$ 111 bilhões no pré-sal até 2020, diz Gabrielli


Para atingir a expectativa de produzir 1,8 milhão de barris de petróleo por dia até 2020, na região do pré-sal, a Petrobras terá que investir no período US$ 111 bilhões. A estimativa foi revelada pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, durante entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.


"Este investimento é viável com o preço do petróleo no mercado externo abaixo dos US$ 45 o barril, o que hoje está próximo dos US$ 70", afirmou.
O presidente da Petrobras disse que somente o TLD (Teste de Longa Duração), que está em andamento tanto no Parque das Baleias (ES) quanto em Tupi, na Bacia de Santos (ambos no pré-sal), é que propiciará informações suficientes e precisas sobre a quantidade de poços que serão necessários por unidade flutuante de produção.


"É claro que nós esperamos que, com o conhecimento que será adquirido ao longo da realização destes testes, consigamos reduzir o número de postos e, consequentemente, até mesmo reduzir estes investimentos em bilhões de dólares", disse.


Ele lembrou, ainda, que somente um poço hoje para ser perfurado custa em torno de US$ 60 milhões e para completar o valor salta para US$ 100 milhões. "Então se eu consigo reduzir 200 poços isto significa US$ 20 bilhões de economia".


Preços
A Petrobras anunciou alteração no preço, nas refinarias, da gasolina e do diesel, que passará a vigorar nesta terça-feira. A gasolina terá redução de 4,5% e, o diesel, em 15%. Na bomba, apenas o diesel receberá o repasse e ficará mais barato.


Gabrielli disse que o ajuste levou em conta perspectivas futuras em relação aos preços do petróleo no mercado internacional, além das variações do câmbio. Ele acrescentou que a decisão leva em conta também aspectos macroeconômicos do país.


"No Brasil, não seguiremos as variações diárias do preço do petróleo, mas a economia brasileira não pode se descolar do mercado internacional. E como tal, não podemos manter, no longo prazo, o preço doméstico distinto do internacional", afirmou.


A queda só vale para as refinarias, ou seja, não é aplicada diretamente às distribuidoras ou postos, que têm a liberdade de definir suas alterações e repasses ao consumidor.
A estatal esclareceu que os preços da gasolina e do diesel não incluem os tributos federais Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.


A última mudança de preços nas refinarias anunciada pela Petrobras ocorreu em maio do ano passado. Na ocasião, a gasolina ficou 10% mais cara e o diesel, 15%. Para o consumidor final, porém, não houve mudança naquela ocasião, uma vez que o governo baixou a Cide.


Agora, com a redução do preço dos derivados, o Ministério da Fazenda anunciou que a elevação do imposto em R$ 0,05/litro (gasolina) e R$ 0,04/litro (diesel). Com tal medida, a alíquota da Cide aplicada à gasolina passará de R$ 0,18/litro para R$ 0,23/litro e a aplicada ao diesel de R$ 0,03/litro para R$ 0,07/litro.

Os 20 Maiores Bancos do Mundo – Ano de 2009


1º ICBC – US$ 209 Bilhões
2º China Construction Bank - US$ 151 Bilhões
3º HSBC - US$ 147 Bilhões
4º JP Morgan - US$ 133 Bilhões
5º Bank of China - US$ 123 Bilhões
6º Wells Fargo - US$ 122 Bilhões
7º Banco Santander - US$ 80 Bilhões
8º Bank of America - US$ 79 Bilhões
9º Bank of Tokyo Mitsubishi UFJ - US$ 78 Bilhões
10º Goldman Sachs - US$ 70 Bilhões
11º BNP Paribas - US$ 69 Bilhões
12º Itaú Unibanco - US$ 58 Bilhões
13º Royal Bank of Canada - US$ 52 Bilhões
14º Bank of Comunications - US$ 49 Bilhões
15º Credit Suisse - US$ 48 Bilhões
16º Westpac - US$ 45 Bilhões
17º BBVA - US$ 44 Bilhões
18º Inter SanPaolo - US$ 43 Bilhões
19º UBS - US$ 43 Bilhões
20º Commomwealth Bank - US$ 42 Bilhões

IPO / OPA Visanet – Periodo de reserva será entre 17 e 24 de junho

A VisaNet Brasil, empresa de meios de pagamento eletrônico que tem como acionistas o Bradesco, o BB Investimentos, o Grupo Santander e a Visa International, fará uma oferta pública secundária de ações no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em uma operação que compreende, inicialmente, 477.674.330 ações de titularidade dos acionistas vendedores.

O intervalo de preço sugerido vai de R$ 12 a R$ 15. Considerando-se o valor médio do intervalo, de R$ 13,50, a operação totalizaria R$ 6,449 bilhões, sem considerar o exercício do lote suplementar ou a opção de ações adicionais.A quantidade total de ações inicialmente oferecida poderá ser acrescida de lote suplementar de até 71.651.149 ações, ou até 15% do total inicial.

A operação prevê ainda, sem prejuízo da colocação do lote suplementar, a oferta de ações adicionais equivalentes a até 20% do total inicial, ou 95.534.866 ações.As ações serão colocadas em regime de garantia firme, com esforços de venda no exterior. O coordenador líder da operação é o Bradesco BBI e os coordenadores contratados são BB Investimentos, Santander, JPMorgan, Goldman Sachs e UBS Pactual.

Reserva

A VisaNet informou que o período de reserva de ações da oferta secundária terá início na quarta-feira da semana que vem (dia 17) e se encerrará no dia 24 deste mês. No dia seguinte (25/6), a companhia encerrará o procedimento do livro de ofertas (bookbuilding) e fixará o preço por ação. O prospecto definitivo da operação deverá ser publicado em 26 de junho.

O início da negociação dos papéis em Bolsa está previsto para o dia 29 de junho.A Bradesco Corretora será responsável pela estabilização dos preços do papel durante até 30 dias, contados a partir da estreia da ação na Bovespa. Conforme a VisaNet, a oferta de varejo compreende entre 10% e 20% das ações, excluídos os papéis adicionais e suplementares.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

GE assina contrato de US$ 250 mi com Petrobras

A GE Oil & Gas, empresa do grupo GE, informou na segunda-feira que fechou contrato de US$ 250 milhões com a Petrobras para fornecimento nos próximos três anos de 250 sistemas de cabeça de poço, todos para áreas fora do pré-sal.

"No final de 2010 vamos ter novas conversas para tratar do pré-sal", disse o vice-presidente para América Latina da GE Oil & Gas, Fernando Martins, prevendo contratos bem maiores para a área do que o recém-fechado.

As unidades serão construídas na fábrica da GE em Jandira, São Paulo, informou Martins. Pelas regras atuais, as concessionárias, incluindo a Petrobras, precisam utilizar uma quantidade mínima de bens e serviços nacionais para a exploração e desenvolvimento dos blocos adquiridos em leilões do governo.

A entrega dos equipamentos começa no mês que vem, segundo Martins, com previsão de aumentar em 25% a encomenda, sem necessidade de novo contrato, se a demanda da estatal brasileira for maior.

Ele informou que vem conversando também com a OGX, do empresário Eike Batista, mas não deu detalhes.

A expectativa da empresa é de que a América Latina construa mais de 50 mil km de dutos para óleo, gás, água e derivados de petróleo, segundo um comumicado da GE nesta segunda-feira.

Perdas do setor aéreo mundial podem chegar a US$ 9 bi em 2009


A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, em inglês) revisou nesta segunda-feira sua previsão para o setor de aviação mundial em 2009, dizendo que as perdas das companhias aéreas poderão duplicar e chegarão a US$ 9 bilhões.

A revisão da previsão reflete "um ambiente de receitas rapidamente deteriorado", disse a associação, em sua 65ª Reunião Anual Geral, inaugurada oficialmente na capital da Malásia.
Em março deste ano, a AITA havia previsto que a perda para o ano 2009 seria de US$ 4,7 bilhões. A associação também revisou sua estimativa de perdas para 2008, aumentando a cifra de US$ 8,5 bilhões para US$ 10,4 bilhões.

De acordo com a associação, as receitas para o setor de aviação em 2009 serão de US$ 448 bilhões, uma queda sem precedentes, que chegará a 15% em relação a 2008. Enquanto ao transporte de cargas, a AITA previu que as companhias aéreas do mundo inteiro vão transportar 33,3 milhões de toneladas de cargas, uma queda anual de 17%.
De acordo com a organização, o transporte de passageiros deverá cair para 2,06 bilhões, uma queda de 8% em relação ao ano passado.

As receitas das companhias aéreas com o transporte de cargas deverão cair 11%, enquanto as do transporte de passageiros diminuirão 7%.

Varig finalmente acerta suas contas


Os dois grandes nós do processo de recuperação judicial da velha Varig começam, enfim, a ser desatados: a questão da sucessão de dívidas trabalhistas e o famoso encontro de contas das dívidas e dos créditos da Varig e da União. O primeiro nó foi desatado no Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana de maio, em duas decisões que garantem, na prática, a não sucessão das dívidas da Varig. O segundo está nas mãos da Advocacia Geral da União (AGU) e pode ser resolvido nos próximos sessenta dias.As decisões do Supremo, relativas a dois processos distintos, fortalecem a nova Lei de Recuperação Judicial, sobre a qual ainda pairam algumas discussões jurídicas. Na prática, essas decisões garantem que não existe sucessão de dívidas para quem comprar um ativo de uma empresa em recuperação judicial e que cabe ao Juiz da Vara de Recuperação, e não à Justiça do Trabalho, habilitar créditos trabalhistas.Para o caso Varig, primeiro grande teste da nova lei, isso significa que a Gol, que em 2007 adquiriu a VRG - a parte boa da velha Varig -, está de fato livre das dívidas trabalhistas e fiscais.


A Gol responde hoje por cerca de 4 mil processos trabalhistas, que agora deverão ser concluídos a luz do entendimento do STF. Procurada, a Gol afirmou que não comentaria a decisão antes da conclusão de todos os processos.A decisão da não sucessão de dívidas foi uma derrota para os trabalhadores que viam na Gol uma das únicas esperanças para receber seus créditos. Uma das decisões do STF originou de uma ação movida por uma ex-funcionária da velha Varig contra a VRG/Gol.Por outro lado, a questão da sucessão das dívidas quase inviabilizou a venda da Varig, que tinha uma dívida de R$ 7 bilhões. Se o leilão judicial, realizado em 2006, tivesse fracassado, a companhia iria à falência e os trabalhadores jamais receberiam qualquer indenização.Foi preciso a intervenção do governo federal para viabilizar um comprador: a VarigLog. Ex-subsidiária de cargas da Varig, a VarigLog era, na prática, controlada pelo fundo estrangeiro Matlin Patterson, contrariando a legislação que limita a participação estrangeira no setor. Como revelou o Estado há um ano, em entrevista com a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, a Casa Civil pressionou a agência para aprovar a estrutura societária da VarigLog, a despeito das evidências de que o capital e o controle efetivo seriam estrangeiros, para viabilizar o leilão da Varig.

A VarigLog era representada pelo advogado Roberto Teixeira, grande amigo do presidente Lula.


ENCONTRO DE CONTAS


É do governo que vem a derradeira esperança dos 20 mil ex-funcionários e aposentados da velha Varig. Em março deste ano, quando o último recurso contra uma decisão judicial que deu ganho de causa à velha Varig numa ação bilionária contra a União já estava na pauta de votação do Supremo, o ministro da AGU, José Antonio Dias Toffoli, chamou a Varig (Flex) e o fundo de pensão Aerus para um acordo. A votação no Supremo foi adiada e foi criado um grupo de trabalho, sob a coordenação da AGU e com a participação dos ministérios da Fazenda, Previdência, Casa Civil, entre outros. A AGU estabeleceu prazo de 60 dias para a conclusão dos trabalhos, prazo prorrogado na semana passada por mais 60 dias. A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Graziella Baggio, está otimista e acredita que será possível estabelecer as bases para o encontro de contas dentro do novo prazo. "A decisão política do governo para fazer o encontro de contas está tomada. Se não a AGU não teria chamado as partes para fazer o acordo", diz.


A velha Varig cobra da União o ressarcimento por perdas geradas na época do congelamento de tarifas, uma conta estimada em mais de R$ 3,5 bilhões. Como a Varig deve R$ 4,2 bilhões para o Aerus e o fundo possui essa ação como garantia de dívidas, o eventual encontro de contas deverá equacionar primeiro a dívida do fundo para depois, se sobrar recursos, contemplar os demais credores. Em outra frente, o SNA obteve uma liminar no Supremo - que está suspensa no que se refere ao prazo, mas não ao mérito - obrigando a União a honrar todos os compromissos correntes do Aerus com os aposentados e pensionistas. Uma outra ação, movida pelo Aerus, obriga a União a honrar um compromisso estabelecido quando da criação do Aerus, em 1982. A lei do Aerus - que reúne fundos de pensão da Varig e de outras empresas ligadas à aviação - estabelecia que o fundo seria custeado pelos trabalhadores, pela empresa patrocinadora e pela União, que deveria contribuir durante 30 anos. Mas a União (chamada de terceira fonte) pagou apenas 9 desses 30 anos e a dívida, até o ano passado, passava de R$ 5 bilhões."Não há necessidade de fazer um desembolso imediato dos recursos", afirma o interventor do Aerus e liquidante dos planos da Varig, Aubiérgio Barros de Souza Filho.


A necessidade corrente mensal do Aerus é de R$ 26 milhões. Ainda não se sabe qual a proposta que o governo fará em termos de valores, mas a ideia, que consta na portaria que criou o grupo de trabalho, é fazer um acordo que contemple não só a ação da defasagem mas as ações correlatas. Uma das condições da AGU para realizar o encontro de contas é que Flex, Aerus e trabalhadores desistam de todas as ações contra a União.

Pão de Açúcar anuncia aquisição do Ponto Frio por R$ 824,5 milhões


O grupo Pão de Açúcar (PCAR4) anunciou nesta segunda-feira (8) a compra da rede Ponto Frio, do grupo Globex (GLOB3), por R$ 824,5 milhões.

O valor da aquisição da participação dos controladores equivale a 70,24% do capital total, parte desse valor pago com ações do Grupo Pão de Açúcar. A fração da compra será de R$ 9,4813 por ação.

Aproximadamente 45,3% do valor total será pago à vista, equivalente a R$ 373,43 milhões, e cerca de 54,7% a prazo, cifra que gira em torno de R$ 451,10 milhões.
Com a aquisição, a holding ultrapassa o Carrefour e torna-se a líder no varejo brasileiro, contando R$ 26 bilhões em faturamento, mais de mil lojas e 79 mil funcionários. O valor pago corresponde a 70,24% do total e foi pago em parte com ações do Grupo Pão de Açúcar, que ano passado completou 60 anos.

O acordo expande a rede de atuação do Grupo Pão de Açúcar, que agora passa a operar em estados que não estava presente (Espírito Santo, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). O Ponto Frio já conta 63 anos e possui mais de 455 lojas em 11 estados.

Chineses querem levar parte da MMX e filial Sudeste


A siderúrgica chinesa Wuhan poderá comprar participações acionárias tanto na MMX, holding da área de mineração do grupo de Eike Batista, quanto em uma de suas subsidiárias, a MMX Sudeste. As negociações para a compra, pelos chineses, de participação acionária na MMX estão em pleno andamento. A operação, se confirmada, exigirá um aumento de capital da empresa por meio de emissão primária de ações. A capitalização garantiria os recursos para desenvolver o plano de negócios da MMX.


"As negociações continuam e estamos discutindo aspectos relevantes do acordo referentes à participação acionária da Wuhan na MMX", disse Ricardo Antunes, presidente da LLX Logística. A LLX, braço de logística do grupo de Batista, participa com a MMX de memorando de entendimento assinado, em maio, com a Wuhan e que prevê os termos de uma "potencial" parceria comercial e estratégica. O acordo inclui discussões sobre a construção, pelos chineses, no Super Porto do Açu, projeto da LLX no norte fluminense, de siderúrgica com capacidade de produzir 5 milhões de toneladas de aço por ano. O investimento estimado para o projeto é de US$ 4 bilhões.


O memorando assinado com a Wuhan prevê que ela poderá comprar participação acionária na MMX Mineração e Metálicos, empresa que tem 64,1% do capital com os controladores e 35,9% no mercado, ou na subsidiária MMX Sudeste. Questionado sobre o que determinará a compra de participação na holding ou na controlada, Antunes afirmou: "É uma equação que pode combinar as duas coisas (participação na holding e na subsidiária). É uma questão de estabelecer regras de governança dentro da relação que está se estabelecendo com a Wuhan."


Segundo Antunes, a compra de participação na MMX Sudeste garantiria à Wuhan fatia em um ativo da área de mineração. Já a entrada na holding poderia permitir à Wuhan participar do negócio da MMX como um todo. Um analista lembrou que a empresa tem um portfólio amplo de prospectos minerários no Brasil, além de possuir minas no Chile. "Parece interessante para a Wuhan poder participar do negócio da MMX como um todo", disse Antunes.


O analista Rodrigo Ferraz, da Brascan Corretora, avaliou, em relatório enviado a clientes na quinta-feira, que é "bastante provável" o fechamento de um acordo com a Wuhan. As negociações entre a siderúrgica chinesa e a MMX também incluem o estabelecimento de contrato de longo prazo pelo qual a Wuhan comprará toda a capacidade de produção da MMX Sudeste. A empresa tem plano de ampliar a capacidade de produção de 8,7 milhões de toneladas para 33,7 milhões de toneladas em 2013.


A produção da MMX Sudeste será escoada via porto do Sudeste, outro dos projetos portuários da LLX, em Itaguaí, na região metropolitana do Rio. O Sudeste terá capacidade de movimentar até 50 milhões de toneladas por ano e deve começar a operar no fim de 2011. Como grande parte da capacidade do porto estará ocupada pelo minério de ferro da MMX Sudeste, restarão cerca de 17 milhões de toneladas/ano de capacidade que estão sendo disputados por pequenas mineradoras de Minas Gerais que não têm porto, disse Antunes.


Ferraz, da Brascan, parte da premissa de que o aporte de capital da Wuhan na MMX, por meio de uma emissão primária de ações da empresa, seria suficiente para assegurar 70% do valor dos investimentos necessários à conclusão das expansões no sistema Sudeste da companhia. A MMX tem outro sistema em operação, no Norte do país, por meio da MMX Corumbá. Os 30% restantes dos recursos seriam obtidos via financiamentos com bancos de fomento na China e no Brasil.


Segundo Ferraz, o sistema Sudeste da MMX irá requerer investimentos de US$ 850 milhões entre 2009 e 2012. "Utilizando como referência uma taxa de câmbio de R$ 2 por dólar e considerando 70% desse montante, chegamos ao aporte estimado para a MMX, cujo valor ficaria em torno de R$ 1,2 bilhão", avalia o analista. Esse seria o "piso", diz ele, para que os investimentos no sistema Sudeste da MMX sejam levados adiante.
Antunes, da LLX, também mencionou as negociações para instalação da siderúrgica da Wuhan no Super Porto do Açu. "Seguimos discutindo questões técnicas da siderúrgica com a Wuhan. Em breve, devemos começar discussões de aspectos comerciais", disse Antunes. Sem citar nomes, acrescentou que são mantidas conversações com outras quatro empresas prevendo a instalação de outra usina de produção de aço no Açu. No mercado já comentou-se que entre os interessados estariam Technit e Nucor.


Enquanto as discussões com os chineses prosseguem, a LLX Logística concluiu operação de aumento de capital no valor de R$ 600 milhões para permitir a entrada do BNDES como sócio da empresa. Na operação, Eike Batista e o OTPP, fundo de pensão dos professores de Ontário, no Canadá, foram diluídos para 50% e 16%, respectivamente. Antes da operação eles tinham 57% e 19%. O BNDES ficou com 12% e os acionistas minoritários, que tinham 23%, ficaram com 22%.

Camex eleva imposto de importação para 7 tipos de aço

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) elevou hoje a alíquota do Imposto de Importação para sete tipos de aço. Os produtos que antes entravam no País com alíquota zero passarão a ser taxados em 12%, em seis casos (chapas e bobinas a quente - três especificações -, chapas e bobinas a frio - duas especificações - e chapas grossas de aço carbono), enquanto barras de aço ligado terão alíquota de 14%.

A maior parte destes produtos estava na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC - alíquota praticada pelo Mercosul) desde 2005 quando, por pressão da indústria consumidora de aço, o governo reduziu o Imposto de Importação para 15 produtos siderúrgicos para conter os preços no mercado interno e evitar o impacto na inflação. Destes 15 produtos, oito ainda permaneciam com redução de tarifa. Agora, apenas vergalhões de aço continuam com o benefício.

A decisão da Camex atende à pressão das siderúrgicas nacionais que argumentam estarem perdendo mercado brasileiro para as importações. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, por meio da Camex. O Brasil pode manter até 93 produtos dentro da lista de exceção, mecanismo pelo qual pode praticar tarifas de importação para terceiros países diferente da usada pelo Mercosul.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

"Economia do Brasil não vai andar de lado", por Delfim Netto


Mesmo que a economia mundial "ande de lado" nos próximos anos, como preveem muitos economistas que têm sérias dúvidas sobre a capacidade de recuperação americana, não creio que a economia brasileira esteja condenada a ter níveis de crescimento medíocres no médio ou longo prazo. Estimativas respeitáveis apontam para uma saída lenta da recessão nos países desenvolvidos e a volta da expansão da economia global a partir de 2010 de forma ainda bastante lenta. No Seminário Internacional dos 15 anos da revista Carta Capital, em São Paulo, o professor Nouriel Roubini, da Universidade de Nova York, por exemplo, disse acreditar que o crescimento mundial será muito pequeno nos dois anos a partir de 2010.


Suas estimativas são muito respeitadas. Afinal, ele previu com razoável antecedência a quebradeira dos bancos e das financeiras no curso da especulação das hipotecas americanas. Não tenho motivos para discordar dessas avaliações quanto à economia global. Vai demorar muito para que o mundo volte a viver uma expansão robusta como a dos últimos 10 anos e isso obviamente conterá a velocidade de crescimento dos países. Quanto ao Brasil, tenho excelentes motivos para acreditar que já no último trimestre deste ano estaremos com a economia em recuperação e em condições de voltar a crescer robustamente (entre 3.5% e 4%) em 2010.


Isso já nos colocará num nível de crescimento acima da expansão mundial no próximo ano, podendo continuar nos anos seguintes sem maiores problemas, na medida em que superarmos as ameaças de crise energética ou de dificuldades de financiamento externo. Insisto em que isso é uma crença, pois ninguém tem condições de garantir paz, tranquilidade e juízo ao mundo. O que nos dá segurança é o fato de que o Brasil hoje depende muito menos do exterior para crescer. O País depende, isso sim, de seu mercado interno, que se robusteceu de forma extraordinária nos vinte e um trimestres seguidos de crescimento desde o terceiro trimestre de 2003.


Em que pese a queda do ritmo de expansão a partir de setembro do ano passado, nos dois trimestres seguintes a economia não entrou em recessão e o desemprego foi contido. O potencial de crescimento da economia brasileira não diminuiu por causa da crise. Somos quase 200 milhões de habitantes num mercado de consumo com renda para sustentar um nível de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) importante, sem voltar a depender excessivamente da demanda externa.


Superamos aquela fase em que o Brasil só conseguia crescer durante os ciclos de expansão da economia mundial. Hoje temos a contrapartida de uma indústria altamente diversificada, apta a abastecer um mercado interno que cresceu nos últimos anos graças aos programas de combate à miséria, à redução da pobreza e principalmente ao aumento da renda salarial durante o Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Sem esquecer a expansão do crédito facilitado, nos anos recentes, que garantiu o aumento do consumo de alimentos e dos bens das indústrias que respondem pela sustentação dos níveis de emprego.

Um minoritário da pesada


A pacata cidade de Omaha, nos Estados Unidos, virou uma espécie de meca do capitalismo, destino obrigatório na vida dos seguidores de Warren Buffett. O homem mais rico do mundo - às vezes o segundo, atrás do amigo Bill Gates - atraiu mais de 35 mil investidores no início de maio para a lendária reunião anual da Berkshire Hathaway. Um dos pontinhos na multidão era o brasileiro Guilherme Affonso Ferreira, 58 anos. Atento a cada palavra de Buffett durante a sabatina de quase sete horas num ginásio de esportes, ele voltou impressionado de sua primeira peregrinação a Omaha. "Os melhores negócios são os mais simples, que saltam aos olhos e não precisam da ajuda de um computador para serem compreendidos", diz, repetindo as palavras do ídolo. Em tempos de derivativos complexos e tóxicos, as lições de simplicidade e transparência do americano não poderiam ser mais oportunas para o brasileiro. Com seu jeito simples e franco, Ferreira é um dos maiores investidores do País e está virando referência no capitalismo nacional do século XXI.

Quem o vê em suas corridas diárias em São Paulo não imagina que acaba de passar por alguém que investe mais de R$ 1,2 bilhão no mercado acionário. Com os cabelos compridos, sorriso no rosto e a gravata esquecida no fundo da gaveta, Ferreira destoa do típico megainvestidor financeiro. Dirige um carro compacto e gosta de pedalar nas férias em lugares improváveis, como o Vietnã e o deserto do Saara, no Marrocos. Mas não se engane: ele é um acionista minoritário da pesada. Como se diz atualmente, é um ativista da governança corporativa. Presidente da Bahema Participações, empresa familiar de capital aberto e listada na BM&FBovespa, está presente na vida de grandes companhias como Itaú Unibanco, Pão de Açúcar, Eternit, SulAmérica e outras (veja tabela na pág. 83). Apesar disso, é pouco conhecido da massa que invadiu a bolsa nos últimos anos. Por enquanto.

À la Buffett, o brasileiro aplica o dinheiro próprio, da sua família e de terceiros na compra de fatias relevantes de empresas. No seu caso, busca sempre ter pelo menos 5% do capital, o que lhe garante status suficiente para ser ouvido pelos controladores e gestores e influenciar os destinos do negócio, geralmente com um assento no conselho de administração. E por que 5%? "É um número cabalístico. Para mim, 5% é a medida exata do norte de relevância que um acionista minoritário deve ter", afirmou à DINHEIRO na tarde da quarta-feira, 27. O Ibovespa vencia a barreira dos 53.000 pontos e ele acompanhava atentamente as cotações e as notícias econômicas em tempo real. A crise, talvez, não seja tão grave assim. "A linha otimista está vencendo", constata.
Sua percepção de mercado é importante para definir os próximos passos, geralmente surpreendentes. Otimista convicto, atua sempre com um horizonte de longo prazo e prefere ir na contramão do mercado. Compra ações de empresas boas que tenham algum grande desafio a superar e estejam desvalorizadas na bolsa. "Gostamos da visão contrária e de ser parte da solução dos problemas das companhias", resume. Ao investir, faz uma lista das mudanças necessárias para beneficiar a empresa, aumentar os pagamentos de dividendos e permitir sua saída no futuro, com uma bela valorização. Atualmente, no Conselho do Pão de Açúcar, que passa por uma profunda reestruturação, Ferreira defende a segregação da atividade imobiliária da comercial e a criação de uma política de dividendos compatível com o grau de maturidade da indústria. Na SulAmérica, advoga uma mudança na base acionária que permita a saída do grupo ING. "Os holandeses não entendem bem o Brasil nem a empresa e têm muitos problemas em casa aos quais terão que dar prioridade", afirma, direto ao ponto.
No dia a dia, seu estilo educado e construtivo acaba seduzindo os controladores, geralmente avessos a acionistas minoritários agressivos. "O Guilherme sempre teve uma conduta exemplar no Unibanco. É o típico acionista com visão de longo prazo, que apoia a administração e é fiel à companhia", relata Israel Vainboim, que foi seu colega no conselho do Unibanco. A relação com o banqueiro Pedro Moreira Salles é tão boa que eles foram juntos a Omaha ouvir os ensinamentos de Buffett. Sua maior tacada até agora foi a compra de 5,5% do banco da família Moreira Salles. Essa aposta começou há 22 anos e deve ser concluída em breve, com um ganho estupendo para quem acreditou na estratégia e comprou ações da Bahema.
Na segunda metade dos anos 80, o jovem engenheiro buscava aplicações financeiras que dessem fôlego para a Bahema Equipamentos comprar concorrentes nos períodos de vacas magras. Seu talento para a bolsa iria mudar o rumo da distribuidora de tratores Caterpillar, pertencente ao seu pai, Afrânio Affonso Ferreira. O filho o convenceu a investir cerca de US$ 5 milhões em ações do banco do embaixador Walter Moreira Salles entre 1986 e 1988. Os papéis do Unibanco, como os dos demais bancos de varejo, estavam em baixa diante da perspectiva de controle da inflação e fim dos lucros fáceis do "overnight". Entre ser mais um acionista nanico no Bradesco ou no Itaú, preferiu ser um minoritário importante no Unibanco, que era menor. Os dividendos foram reinvestidos ao longo do tempo, pagaram o custo inicial e se transformaram numa fortuna de quase US$ 300 milhões.
A fusão do Itaú com o Unibanco, no ano passado, coroou duas décadas de perseverança e participação ativa nos órgãos estratégicos do banco. Ele tinha assento no Conselho de Administração e ajudou a criar a Unibanco Holdings, que fortaleceu a posição da família Moreira Salles e permitiu a expansão da base de capital do banco sem a perda de controle. "O Guilherme foi praticamente o pai dessa ideia", lembra Vainboim. Durante anos, o banco foi alvo de ofertas de compra e boatos de venda, mas Ferreira não se abalou, manteve as ações e esperou o desfecho final, a histórica fusão com o Itaú, que criou o maior banco do País e premiou os acionistas com poder de voto, como ele. Como ficou pequeno no novo Itaú Unibanco, com cerca de 1%, optou por desmontar a posição e seguir em frente. "O sentido estratégico foi perdido. O investimento maturou", diz Ferreira, feliz da vida. Não foi à toa que as ações ordinárias da Bahema subiram 133% neste ano, até 25 de maio. Mas em vez de vender os 24 milhões de ações que recebeu do Itaú Unibanco e botar o lucro para dentro da empresa, Ferreira optou por uma operação rara no mercado: está distribuindo 55% delas aos mais de mil acionistas da Bahema, numa redução radical de ativos sob gestão. "É como um prêmio para quem acreditou na gente. Assim, nossos acionistas podem manter as ações do Itaú Unibanco ou realizar o lucro, como quiserem."
Essa operação faz parte da sua estratégia para os próximos anos. Cada vez mais, a Bahema Participações irá reduzir sua carteira própria e investir em empresas por meio de fundos geridos por ele. O balanço trimestral já mostra essa tendência. Além das posições em Itaú Unibanco, Tavex Algodonera (empresa espanhola do setor têxtil) e Eternit, a companhia detinha cotas dos fundos Rio Bravo Fundamental FIA, de ações, e do Rio Bravo Macro, um multimercado. Esses fundos são resultado de uma parceria com a Rio Bravo, empresa de investimentos que tem como sócio o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco. Juntos, eles administram cerca de R$ 600 milhões em sete fundos. São gestores e cotistas ao mesmo tempo. "Não temos tesouraria, nossa grana está junto com a de nossos clientes", diz Franco. Ferreira, chamado de Willy pelos cariocas, é o estrategista para as ações e Franco, para a macroeconomia.
A estratégia para a bolsa é a de sempre: ativismo minoritário. Assim como na Bahema, tem dado certo. Desde seu início, em setembro de 2004, o Rio Bravo Fundamental FIA rendeu 195%, o equivalente a 300% do índice de referência (IGP-M mais 6%). Em abril passado, o retorno foi de 16,8%. O fundo lucrou R$ 15 milhões com uma aposta nas ações da Ferbasa por 27 meses, numa taxa anualizada de 71%. Outras tacadas em andamento são a Copasa e a Marisa. Ferreira ainda comanda dois fundos sob a Bahema Gestão de Ativos, criada especialmente para reinvestir os dividendos pagos aos acionistas da Bahema Participações, desta vez com um pouco mais de liquidez. A estratégia, no entanto, é similar. "O Willy tem uma cabeça privilegiada, é um craque para identificar empresas e oportunidades de criação de valor", diz Franco.
R$ 1,2 bilhão em ações de empresas abertas é quanto o investidor tem sob gestão na Bahema Participações e em parceria com a Rio Bravo
Um bom exemplo é a Eternit, uma das poucas empresas listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa que não têm grupo de controle definido, nem acordo de acionistas. Ferreira, na posição de minoritário e conselheiro, foi um dos maiores incentivadores da migração da companhia para o mais alto nível de governança corporativa da bolsa. Também propôs um sistema de remuneração aos executivos para que se tornem acionistas e se comprometam mais com o negócio em longo prazo. "O Guilherme sabe colocar desafios, dá as condições para que sejam buscados e cobra de forma motivadora", afirma o presidente da Eternit, Élio Martins. Foi o presidente da Bahema quem atraiu o investidor Lírio Parisotto, maior acionista individual, com 16% do capital, para o Conselho da companhia. "O Guilherme é uma das pessoas que eu mais admiro. Sua lucidez e capacidade de avaliação do negócio é impressionante. É um conselheiro ativo e do bem. Muito ponderado", diz Parisotto. "O Brasil precisa de muitas pessoas como ele."
Parisotto tem razão. Um minoritário ativista busca ser ouvido, exige prestação de contas e cobra transparência por parte dos administradores, levando a empresa a um novo patamar de desempenho. "A melhora na governança exigida pelos minoritários ativistas traz benefícios para todos os acionistas", lembra Walter Mendes, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). Infelizmente, nem todos são assim. Alguns agem em benefício próprio ou defendem interesses nem sempre transparentes. "A pior coisa é um minoritário chato e sem poder, que desequilibra a ecologia do ambiente corporativo e não contribui com nada", afirma Luiz Marcatti, sócio da consultoria Mesa Corporate Governance. Guilherme Affonso Ferreira pode não atrair multidões, como Warren Buffett, mas parece ter a sabedoria necessária para ser seu melhor discípulo no Brasil. O resto é uma questão de tempo.

GM anunciará concordata, acompanhada do fechamento de 11 fábricas


A montadora norte-americana GM (General Motors) irá pedir concordata nesta segunda-feira (1), dando início a um processo judicial de deve perdurar entre 60 e 90 dias, informou na noite do domingo um alto funcionário da Casa Branca. A gigante, que foi lider no mercado automotivo mundial por 77 anos, também deverá anunciar o fechamento de 11 fábricas.
O governo federal norte-americano vai destinar US$ 30,1 bilhões e controlará 60% do capital da "nova GM", que será criada para retomar os ativos mais rentáveis do grupo, cujos compromissos financeiros serão reduzidos a mais da metade, segundo um funcionário do governo do presidente Barack Obama.
O Estado canadense e a província de Ontário desembolsarão US$ 9,5 bilhões e ficarão com 12% das ações da nova companhia.
O fundo de previdência dos funcionários da GM assumirá 17,5% do pacote acionário. Já outros 10% ficarão nas mãos de antigos credores proprietários de obrigações não garantidas que aceitaram o plano de reestruturação.
Por conta do fechamento de 11 plantas, a GM deverá reduzir seu quadro de funcionários para 40 mil no próximo ano, ante 60 mil profissionais registrados no final de 2008.

O caso de Naji Nahas e a quebra da bolsa do Rio


Acusado por diversas frentes, o nome de Nahas aparece na operação Satiagraha da Polícia Federal e no episódio da quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, entre outros casos interessantes. O investidor fez fortuna no Brasil com operações de altíssimo risco, cuja legitimidade é questionada até os dias atuais.
A quebra da bolsa do Rio levou Nahas aos tribunais por diversas vezes, mas não conseguiu incriminá-lo. O episódio alimenta a principal rixa do mercado brasileiro, entre Nahas e o fundador da BM&F, Eduardo da Rocha Azevedo.


O desembarque

Nascido no Líbano, Naji Nahas desembarcou no Brasil com US$ 50 milhões em 1969. Menos de um ano depois, já possuía fortuna estimada em cerca de US$ 1 bilhão. Sua chegada foi atribulada desde o início, sendo que o voo que o trouxe ao Brasil havia sido sequestrado no trajeto e levado a Cuba.
A origem dos US$ 50 milhões que trazia é creditada a herança de sua família. Naquele período, Nahas se envolveu com os irmãos Hunt, famosos por controlar o mercado mundial de prata na época. A família Hunt fez fortuna no Texas ao entrar agressivamente no mercado com a prata a US$ 2 por onça e guiar a commodity para a casa de US$ 50 por onça, valorização de 2.400%. Naquela época, os irmãos chegaram a deter cerca de 10% do suprimento global. Quando liquidaram suas posições, a prata voltou dos US$ 50 para US$ 10 a onça.
A associação com os Hunt garantiu a Nahas um posto entre os maiores compradores de prata do mundo. Paralelamente, compôs um conglomerado de 28 empresas que incluía a seguradora Internacional e a maior produtora nacional de coelhos para exportação. Além de se tornar lenda no mercado financeiro, Nahas circulava entre alta sociedade, sempre ostentando.
A quebra
No mercado de ações, a postura de Nahas chamava atenção pela estratégia arrojada. As acusações apontavam que Nahas emprestava dinheiro de instituições financeiras para aplicar em ações, manipulando a valorização dos ativos realizando negócios consigo mesmo via laranjas ou corretores. Foi inocentado em 2004. Alega que a quebradeira ocorreu pela mudança nas regras de negociações, acusando posteriormente o ex-presidente da Bovespa Eduardo Rocha Azevedo de planejar sua queda.
Com suas operações, Nahas chegou, sozinho, a controlar 6% das ações da Petrobras e 10% dos papéis da Vale em circulação. O investidor defende que Rocha Azevedo fazia parte de um grupo que apostava na retração do Ibovespa, enquanto ele apostava na alta. A partir deste pressuposto, afirma que o ex-presidente da Bovespa pressionou bancos a cortarem seu crédito, o que levou à sua quebra.
Segundo a biografia de Eduardo Rocha Azevedo*, Nahas mantinha posição bem acima do limite estipulado pela BM&F, que era de 20%. As posições concentradas no Índice Bovespa futuro eram, em sua maioria, creditadas a Nahas ou seus laranjas. Com o estouro da inadimplência de Nahas, foram tomadas medidas para conter as perdas e liquidar as posições do investidor. Sua carteira foi confiscada, o que rende processo judicial até os dias atuais. Nahas pede uma indenização de R$ 10 bilhões pela perda de seus ativos. Projeta este montante com base no valor atual de portfólio.
A rixa
Na ocasião, Eduardo da Rocha Azevedo afirmou: "não tenho poderes para impedir que um investidor seja financiado por instituições financeiras. O que compete à bolsa é administrar o mercado para que as corretoras não corram risco que possa comprometer o sistema. Aí, repito que a Bovespa trabalhou com um pouco mais de prudência e evitou esse problema", declarou ao jornal O Globo, em junho de 1989.
"Sou uma vítima das pressões indevidas e ilegítimas que foram montadas no mercado visando alterar, na undécima hora, as regras do jogo referentes a operações em andamento", divulgou Nahas em nota, citada na biografia de Rocha Azevedo.
Nas palavras de Horacio de Mendonça Netto, ex-superintendente geral da Bovespa e BM&F, "Nahas possuía a incrível capacidade de aglutinar e liderar gente rica para operar com ele, e ainda levá-las a achar que o culpado era o Eduardo, o que mostra que Naji é um fenômeno".**
Em 2004, Nahas foi inocentado do processo que o acusava de manipulação do mercado e quebra da bolsa do Rio. Atualmente, roda o pedido bilionário de indenização contra a bolsa. O investidor voltou aos noticiários com a operação Satiagraha, em julho do ano passado. Chegou a ser preso sob acusação de participar de um esquema de desvio de verbas públicas e crimes financeiros. Entre os presos na operação estavam o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.