... As especulações em torno de uma possível elevação do juro pelo FED ainda neste ano
continuaram dominando os negócios em NY, nesta segunda-feira. Os futuros de FED
FUNDS de dezembro embutem 100% de chance de uma alta da taxa básica para 0,50%,
atualmente o juro está numa faixa entre zero e 0,25%, enquanto os contratos de fevereiro
mostram 100% de probabilidade de mais uma elevação no começo de 2009, para 0,75%.
... Essa expectativa manteve aquecida a demanda por TREASURIES de dois e dez anos,
cujas taxas seguiram pressionadas. No fechamento, a NOTE de dez anos projetava
rendimento de 3,897%, de 3,826% na sexta-feira, enquanto o juro da NOTE de dois anos
estava em 1,430%, também acima dos 1,328% na sexta-feira, após o PAYROLL.
... Mesmo sem novos dados que reforçassem a possibilidade de alta do juro, investidores
ainda não largaram essa aposta, em meio a vários sinais recentes da recuperação
econômica dos EUA... Para o economista Paul KRUGMAN, a economia norte-americana,
provavelmente, sairá da recessão até setembro. "As coisas parecem estar piorando de
forma mais lenta. Há motivos para acreditar que estamos nos estabilizando", disse ele em
uma palestra na London School of Economics, nesta segunda-feira.
... Também para o presidente do FED NY, William DUDLEY, em entrevista à agência DJ,
a alta no rendimento dos TREASURIES demonstra uma crescente confiança nas
perspectivas econômicas, mais do que o nervosismo com um eventual retorno da inflação.
... O DÓLAR se beneficiou da possibilidade de aperto monetário nos EUA e voltou a subir
frente ao EURO, que caiu mais 0,43%, para US$ 1,3903. Frente ao IENE, a moeda
americana caiu 0,38%, para 98,42 ienes. Já a LIBRA conseguiu recuperar algum terreno,
após a forte queda dos últimos pregões, subindo 0,53%, para US$ 1,6057 - embora a
situação política no Reino Unido tenha complicado, após o Partido Trabalhista do premiê
GORDON Brown ter ficado em terceiro lugar nas eleições do Parlamento Europeu.
... A valorização do dólar voltou a pesar para as commodities, derrubando os contratos de
PETRÓLEO e a maioria dos METAIS. O WTI para julho caiu 0,51%, para US$ 68,09 o
barril, em NY. Em Londres, o BRENT para julho recuou 0,70%, para US$ 67,88.. Na LME,
o ALUMÍNIO foi na contramão e disparou com compras de fundos, atingindo o seu maior
nível desde janeiro, e ajudando a segurar a queda de outros metais. O alumínio para três
meses subiu US$ 47,00 (3%) e fechou a US$ 1.619,00 por tonelada. O COBRE para três
meses caiu US$ 5, para US$ 4.975, e o NÍQUEL recuou US$ 300, para US$ 14.300.
... As BOLSAS, do mesmo modo, continuaram relegadas a segundo plano com os ajustes
nos TREASURIES. Durante a maior parte do pregão operaram em queda com ações de
tecnologia e commodities, mas foram ajudadas perto do fechamento por um forte
movimento de compras no setor financeiro, com a notícia de que o governo permitirá que
nove bancos quitem os recursos recebidos no TARP no momento mais agudo da crise,
entre os quais, o JPMORGAN (+2,43%). Assim, o DOW Jones zerou as perdas (+0,02%),
aos 8.764,49 pontos. Mas NASDAQ (-0,38%, 1.842,40) e S&P-500 (-0,10%, 939,14) não.
... Os mercados já estavam fechados quando a TEXAS Instruments elevou a sua previsão
de lucro para o segundo trimestre, o que impulsionou as ações no AFTER HOURS. A
empresa prevê, agora, um lucro de US$ 0,14 a US$ 0,22 por ação, sobre uma receita de
US$ 2,3 bilhões a US$ 2,5 bilhões. Essa boa notícia pode ajudar o setor de tecnologia.
terça-feira, 9 de junho de 2009
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