As entidades que representam o comércio no Rio e em São Paulo elogiaram a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para 9,25% ao ano. elas defenderam também a expansão e o barateamento do crédito ao consumidor.
A Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo) afirmou que a redução está no caminho certo. Para a entidade, o governo deve atuar agora em duas linhas de frente: continuar baixando a taxa Selic e criar oportunidades para que os juros para o consumidor também baixem.
"A Federação acredita que existe muito espaço para reduzir o 'spread' e consequentemente os juros ao consumidor final, que no primeiro trimestre deste ano estava em média para pessoa jurídica 30% e para pessoa física 53%, sendo que o 'spread' corresponde a cerca de 70% dessas taxas", afirmou.
"Há espaço para uma redução de pelo menos 25% no spread cobrado atualmente, bastante factível de se conseguir, se houver empenho conjunto de bancos e governo. O compulsório poderia ser reduzido bem como os impostos incidentes sobre as operações financeiras. Do lado dos bancos, há condições para aliviar os custos administrativos e a taxa de risco projetada em ambiente de crise que, no momento, poderia ser revista", afirmou Abram Szajman, presidente da Fecomercio.
O presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, afirmou que a decisão fortalece a luta do empresariado pela redução do custo do crédito.
"O consumo tem sido o amortecedor dos efeitos negativos da crise internacional. Com esta decisão, o Banco Central fortalece a luta das empresas pela redução do custo do crédito e contribui para os investimentos necessários ao aproveitamento desse potencial", afirmou.
"De acordo com dados obtidos pelo site Qualicred, da Fecomércio-RJ, os juros médios para capital de giro dos cinco maiores bancos do país no final de maio era cerca de 29% ao ano, o que representa um valor três vezes maior que a taxa básica anual", complementou.
Já Alencar Burti, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), afirmou que "como de costume, o Banco Central tem dado demonstrações de grande responsabilidade e acerto em suas decisões."
"A decisão do Copom superou as expectativas do mercado e vai forçar uma redução das taxas de juros para todos os segmentos da economia", disse ainda.
Para o presidente da ACSP, é preciso agora que o governo e o sistema financeiro estudem formas de reduzir os "spreads" bancários no país. "E um dos instrumentos mais importantes agora seria a aprovação do cadastro positivo, que ajudaria a reduzir substancialmente os spreads e melhorar a oferta de crédito para empresas e consumidores", afirmou Alencar Burti.
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